Espaço Ciência Semana de Astronomia traz oficinas, lançamento de foguetes e observação

Publicado em: 11/09/2017 11:35 Atualizado em: 11/09/2017 11:42

Semana de Astronomia traz oficinas, lançamento de foguetes e observação. Foto: Divulgação
Semana de Astronomia traz oficinas, lançamento de foguetes e observação. Foto: Divulgação

Começa nesta segunda-feira a Semana da Astronomia. Este ano, o evento realizado no Espaço Ciência e no Observatório da Sé, segue até 15 de setembro, com o mote o conhecimento dos povos antigos e indígenas, diferentes atividades e oficinas.

A montagem e lançamento de foguetes é uma das atrações. Quem participa da programação, tanto no Espaço Ciência quanto no Observatório da Sé, é o professor Antônio Carlos Miranda, da UFRPE, recentemente homenageado pela Câmara Municipal do Recife. Ele é responsável pelo projeto Desvendando o Céu Austral, que ajuda a popularizar o conhecimento astronômico no estado.

As constelações indígenas e o conhecimento dos povos antigos são temas de várias das atividades realizadas durante a semana. No Espaço Ciência, duas oficinas resgatam a observação dos astros para medir o tempo e prever fenômenos meteorológicos.
Os visitantes poderão construir um relógio solar usando apenas papelão, caneta e cola. Com ele, poderão observar a posição da sombra projetada pelo sol e, a partir dela, descobrir a hora. Poderão também construir um Observatório Indígena com pedrinhas e papelão, para prever as estações sazonais e fenômenos como Solstícios e Equinócios. "Observar o céu; orientar-se pela posição dos astros; marcar a passagem do tempo: dia e noite, meses, anos, estações sazonais... tudo isso é parte do conhecimento das mais diferentes civilizações. Precisamos resgatar essa nossa relação com o cosmos", afirma o diretor do Espaço Ciência, Antonio Carlos Pavão.


No planetário, os visitantes poderão observar a projeção de constelações indígenas e perceber que cada povo vê o céu de uma forma diferente. O que no Planetário é visto em forma de projeções, no Observatório da Sé poderá ser observado pelo telescópio. Durante a Semana, estarão visíveis constelações indígenas como as da Ema ou Avestruz Branca (Iandutim), dos Povos Tupinambá/Guarani, e da Anta do Norte, dos povos do Norte do Brasil.

Outros aspectos da Astronomia serão abordados em diferentes oficinas. A Teoria da Gravitação Universal, por exemplo, poderá ser melhor compreendida a partir da construção de um modelo de poço gravitacional que simula a deformação da estrutura do espaço-tempo a partir de um corpo denso. A atividade será realizada tanto no Espaço Ciência quanto no Observatório da Sé.

Outra opção é conhecer melhor as fases e movimentos da Lua, em demonstração realizada no Espaço Ciência. Ou, no Observatório da Sé, construir um espectroscópio caseiro, instrumento destinado a separar os componentes de um espectro óptico e que ajuda cientistas a descobrir a composição química dos planetas e estrelas.

A observação do céu é outra atração da Semana da Astronomia. Tanto no Espaço Ciência quanto no Observatório da Sé, a observação do sol poderá ser feita a partir de telescópio equipado com filtro.
Na Sé, o visitante pode observar, ainda, a Lua, que estará em sua fase minguante; e planetas como Saturno, Mercúrio e Júpiter. Dentre as  constelações, as mais visíveis serão Cruzeiro do Sul, Centauro, Escorpião, Virgem, Boieiro, Coroa Austral, Triângulo Austral, Lobo e Compasso.


A programação lembra o mês de nascimento do alemão George Marcgrave, que fundou, no Recife, o primeiro Observatório das Américas, fazendo de Pernambuco uma referência histórica no que se refere à Astronomia. O Espaço Ciência funciona de segunda a sexta, das 8 às 12h e das 13 às 17h; e sábados e domingos, das 13:30 às 17h. O Observatório da Sé está aberto de terça a domingo, de 16 às 20h. Entrada gratuita.



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