Esta tarde
TJPE julga caso do Conjunto Residencial Eldorado
Em 2013, 224 famílias ficaram desabrigadas após rachadura e interdição dos 14 blocos do tipo caixão
Publicado em: 31/08/2017 10:25 Atualizado em: 31/08/2017 10:40
Foto: Blenda Souto Maior/DP/Arquivo |
Acontece nesta quinta-feira o julgamento, em segunda instância, do caso do Conjunto Residencial Eldorado, localizado no bairro do Arruda, no Recife. A sessão está marcada para as 14h, no Tribunal de Justiça de Pernambuco.
De acordo com a equipe do Escritório Frutuoso Advocacia, que representam os moradores na causa, não cabe mais recurso na esfera estadual e cerca de R$ 23 milhões devem ser pagos às 224 famílias desabrigadas após rachadura e interdição dos 14 blocos residenciais tipo edifício caixão no dia 24 de maio de 2013.
O residencial, localizado no bairro do Arruda, na Zona Norte do Recife, continua de pé, mas os edifícios estão deteriorados. O local é guardado por seguranças para evitar invasões. A construção do condomínio foi finalizada no ano de 1996. Vistoria realizada pela Secretaria Executiva de Defesa Civil (Sedec) constatou a utilização de material de baixa qualidade na construção.
Apesar dos problemas mais graves terem sido notados inicialmente em apenas dois blocos, a recomendação foi para que todos os moradores desocupassem seus apartamentos com urgência. Muita gente saiu de casa apenas com a roupa do corpo e somente dias depois teve autorização para retirar o restante dos seus pertences.
Em fevereiro de 2016, cerca de 80 famílias que tinham apartamentos no Conjunto Residencial Eldorado ganharam na Justiça o direito de receber indenizações pelos imóveis perdidos. A sentença da 11ª Vara Cível condenou a SulAmérica Seguros a pagar indenizações no valor de R$ 155 mil a cada proprietário de apartamento. As informações foram confirmadas pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco. No mês anterior, uma sentença também foi favorável para outro grupo de moradores.
Na ocasião, a SulAmérica informou, por meio de nota, que não se manifestava acerca de processos judiciais em andamento. "A companhia esclareceu que, no caso em questão, representa o Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS), cujo representante legítimo é a Caixa Econômica Federal", informou o comunicado.
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