PRF Protesto fecha a BR-101 nas imediações da Ceasa Ato do MTST faz parte do dia Dia Nacional de Luta contra a retirada de direitos da classe trabalhadora

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 31/03/2017 07:36 Atualizado em: 31/03/2017 10:13

Protesto fecha a BR-101 nas imediações da Ceasa. Foto: Reprodução/ Facebook
Protesto fecha a BR-101 nas imediações da Ceasa. Foto: Reprodução/ Facebook
Um protesto fechou a BR-101, nas imediações do viaduto do bairro de Jardim São Paulo e da Central de Abastecimento (Ceasa), no Recife na manhã desta sexta-feira. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a manifestação interdita a rodovia nos dois sentidos na altura do quilômetro. Os manifestantes atearam fogo em pneus e espalharam pedras na via, que foi liberada por volta das 9h.

O ato, realizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto  (MTST), fez parte do dia Dia Nacional de Luta, que conta com mobilizações em todo o pais realizadas pelos movimentos sindicais e sociais contra as propostas em tramitação no Congresso Nacional de retirada de direitos da classe trabalhadora. 

No Recife, a concentração está marcada para as 15h, na Praça da Independência, mais conhecida como Pracinha do Diario, no bairro de Santo Antônio. Em Caruaru, a concentração começa mais cedo, às 8h, em frente ao Grande Hotel.

As centrais sindicais lutam contra a aprovação das terceirizações, a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista. O movimento está sendo organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Jaboatão dos Guarapes (Sinproja), Sindicato dos Professores do Cabo de Santo Agostinho (Sinpc) e pelo Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Olinda (Sinpmol). Vários colégios da rede particular de ensino do Recife não terão atividades nesta sexta-feira para que os funcionários possam participar do ato. As famílias já foram comunicadas por meio de informativos, como este, do Instituto Capibaribe:

Caras Famílias,
Na próxima sexta-feira, dia 31 de março, haverá o Dia Nacional de Mobilização, convocado por diversas organizações sociais.
Entendemos que esta chamada importa a todos(as) trabalhadores(as) e transcende a questões partidárias. É a expressão da indignação do povo brasileiro diante dos retrocessos educacionais, sociais e trabalhistas que o atual governo parece irredutível em implantar, e que penalizarão, gravemente, a toda população brasileira.
Diante de tais acontecimentos, não cabe a indiferença. Coerentes com a nossa crença na democracia e na defesa de uma sociedade mais justa, decidimos, então, suspender as aulas nesse dia, para os(as) profissionais da escola participarem desse ato de cidadania.
Convidamos vocês a participarem conosco.
Equipe do Instituto Capibaribe

De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco, o ato  servirá para organizar a classe trabalhadora para a greve geral, que deve ocorrer no dia 28 de abril. Durante esse período, os sindicatos realizarão assembleias, reuniões, plenárias e manifestações nas empresas, portas de fábricas e locais de trabalho. “Estaremos na rua contra as reformas da Previdência e Trabalhista e contra o projeto de lei (PL 4302) que permite a terceirização sem limites nas atividades fins das empresas privadas e dos serviços públicos. Por tudo isso, toda a classe trabalhadora tem motivo para ir às ruas no dia 31 de março. É hora de reagir e combater a terceirização ilimitada, a PEC 287 (Reforma da Previdência) e o PL 6787 (Reforma Trabalhista) que rasga a CLT” pontuou o presidente da CUT-PE, Carlos Veras.

De acordo com Veras, o único caminho para a mudança é a luta, é a resistência. “O que pode alterar o cenário que vivemos atualmente é o nosso calendário de lutas, a começar pelo dia 31 de março, de luta e a paralisação rumo à greve geral no dia 28 de abril contra retirada de direitos. "É hora conversar nos locais de trabalho, na igreja, nas escolas, nas universidades, e mostrar à população que se não nos mobilizarmos, todos os direitos serão jogados fora. Hoje, estamos mais fortes do que antes do dia 15 de março”, destacou.




 



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