Violência Roubo de carro termina com homem baleado no rosto Caso aconteceu na noite desta quinta-feira, no bairro da Torre, na altura do Instituto Helena Lubienska

Por: Osnaldo Moraes

Publicado em: 15/12/2016 23:53 Atualizado em:

O roubo de um carro terminou com um homem baleado no rosto, nesta quinta-feira à noite, na Rua Paraguassú, bairro da Torre, Região Oeste do Recife. No endereço funciona a tradicional escola Instituto Helena Lubienska, onde proprietários, dirigentes, professores e funcionários participavam da confraternização de final de ano desde o começo da noite.

Todo o clima de festividade terminou aproximadamente às 21h05. Minutos antes, uma das sócias do instituto, Rosa Maria Alves Batista, decidira deixar a festa. Após se despedir, saiu do prédio acompanhado de outra mulher, Fátima Lemos, e ambas chegaram a entrar em seu carro, um Volkswagen Up novo de placas não informadas. Acabaram sendo abordadas por dois homens, um deles armado, que exigiram que entregassem o automóvel. Mesmo assustada, Rosa Maria ainda se ofereceu para entregar a bolsa, mas um dos assaltantes recusou e salientou que queria o carro.

Ao perceber a ação, José Zito Pereira da Silva, 56 anos, funcionário do Instituto Helena Lubienska há mais de duas décadas, intercedeu e acabou entrando em luta com um dos homens, mas não conseguiu evitar o roubo. Acabou baleado com um tiro no rosto. Outro disparo foi feito para o ar para assustar quem se aproximava, enquanto os dois homens entraram no Up e o levaram.

Segundo o diretor do Instituto Helena Lubienska, Guilherme Maciel, 37, um morador da área de nome não identificado prestou os primeiros socorros a Zito. “Ele tirou a camisa e procurou estancar o sangramento”, contou. Na escola o som da festa terminada bruscamente foi substituído por choro, nervosismo e preocupação. Rosa Maria e Fátima Lemos não sofreram ferimentos.

Com a ajuda de dois funcionários da escola, inclusive para conter o sangramento, o diretor disse que se apressou para colocar o funcionário baleado num carro e levaram para o Hospital Getúlio Vargas (HGV), na Avenida General San Martin, no Cordeiro, mesma região. “Era tanto sangue que a gente não sabia onde ele tinha sido atingido”, lembrou.

Achavam que a bala havia entrado pelo nariz e saído por uma das bochechas. Ainda segundo Guilherme Maciel, Zito foi encaminhado para exames para verificar se a bala havia saído ou estava alojada e depois seguiu imediatamente para o bloco cirúrgico.

A noite marcada pelo trauma do roubo, pelos tiros, pelo sangue do funcionário que o colega procurava lavar só não terminou pior por conta do atendimento rápido e da informação de que Zito estava sendo atendido e vivo. “O médico disse que ele estava fora de risco (de morte)”, dizia o diretor Guilherme Maciel aproximadamente uma hora depois do incidente, já de volta à escola, depois de comunicar a família do funcionário. “Disseram ainda bem que não esperaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)”, salientou.


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