Diversão Bebês com microcefalia ganham festa em comemoração ao Dia das Crianças O evento também marcou o primeiro ano de vida das crianças portadoras da doença no estado

Por: Rosália Rangel - Diario de Pernambuco

Publicado em: 22/10/2016 14:35 Atualizado em:

Uma festa para comemorar o primeiro ano de bebês que nasceram com microcefalia foi realizada neste sábado (22), nas dependências do Colégio Sizenando Ferreira, na Avenida Mario Melo, no bairro de Santo Amaro. Um encontro para festejar também com as famílias o primeiro Dia das Crianças deles. Na área externa da escola foram instalados brinquedos, carrinhos de pipoca, pula-pula e outros tipos de atividades. Na quadra, a diversão ficou por conta atrações infantis, a exemplo de palhaços e contadores de histórias. Uma café da manhã, lanches e brindes foram oferecidos para as crianças. O evento foi realizado das 8h às 13h.

Segundo Letícia Lopes, presidente da Missão Internacional de Proteção à Criança e ao Adolescente (MPCA), entidade que idealizou o encontro, a festa foi possível por conta da ajuda de voluntários e de empresas que fizeram doações, cedendo brinquedos, alimentação, água e brindes. “A ideia foi de realizar uma festa para comemorar o primeiro ano deles e a primeira festa do Dia das Crianças. Então, buscamos parceiros e todo mundo colaborou como pode. Mas, o que eles trouxeram de mais importante foi o amor pelas crianças”, destacou. Uma equipe de fisoterapeutas também participou do evento, que teve o apoio do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. Já a equipe de voluntários somou 250 pessoas.

De acordo com Germana Soares, presidente da União de Mães de Anjos (UMA), 389 casos de microcefalia estão confirmados no estado. Desse total, 319 são atendidos pela entidade. Na avaliação dela, o desconhecimento da doença e os cuidados que os bebês exigem representam os maiores problemas. “Cada dia aparece uma situação nova atrelada a microcefalia. São os espasmos pulmonares, desnutrição, as convulsões que atrapalham bastante o desenvolvimento da criança e a dificuldade de atendimento. Aqui na capital temos mães que não fazem terapia nenhuma porque a fila de espera é grande”, ressaltou.

Em razão disso, ela revelou que o trabalho da entidade agora é pela ampliação dos serviços de saúde. “Este ano perdemos três bebês porque não tínhamos UTI pediátrica para atender as necessidades deles. Essa é uma situação que atinge o estado inteiro, mas a gente luta por uma prioridade para os nossos filhos. Não que eles sejam melhores que outras crianças, mas é necessário que amplie a rede e crie um hospital para atende a pessoa com deficiência”, disse a presidente da UMA.

Entre as crianças, estava Renilton, de 11 meses, que reside em Caruaru. O bebê veio para o evento com os pais Rinaldo e Mônica Tavares Duarte. A viagem deles foi proporcionada pela organização que disponibilizou ônibus para o transporte das famílias. “Uma festa assim é bom para a gente sair da rotina”, comentou Rinaldo que é funcionário da Prefeitura de Caruaru.





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