Acidente Uma pessoa morre durante a 13ª Corrida das Pontes Coronel do Exército tinha 55 anos e chegou a ser levado para o Procape

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 20/03/2016 10:52 Atualizado em: 20/03/2016 12:04

Uma pessoa morreu durante a 13ª edição da Corrida das Pontes, realizada hoje pela manhã, no Bairro do Recife. Gilmar José de Melo Barros, 55 anos, sofreu uma parada cardíaca durante o percurso. Ele chegou a receber atendimento no local e ser encaminhado à emergência cardiológica do Pronto Socorro Luis Tavares da Silva (Procape), no bairro de Santo Amaro.

Gilmar José de Melo Barrros era Coronel do Exército e sofreu um mal súbito enquanto participava da corrida, por volta do quarto quilômetro. Inicialmente, ele foi socorrido por pessoas que estavam próximas. Uma ambulância da organização foi acionada, mas tinha apenas um enfermeiro. Dois médicos anestesistas que passavam foram os responsáveis pelo primeiro atendimento ao homem, junto com o enfermeiro. Eles fizeram o trabalho de reanimação e entubação. Segundo testemunhas, a ambulância não tinha um desfibrilador, aparelho imprescindível para a reanimação em caso de parada cardíaca.

O médico cardiologista Michael Vitor Silva participava da corrida, passou e viu o homem caído no chão sendo atendido. Ele também prestou atendimento, tentando a reanimação. Segundo ele, apenas 20 minutos depois é que outra ambulância chegou com um médico da organização na equipe e um desfibrilador. O problema é que o aparelho não era portátil e só poderia ser usado dentro do veículo. Em um primeiro momento não foi possível remover o homem para dentro da ambulância para que o aparelho fosse usado. Só depois é que ele foi colocado na no veículo de socorro, quando desfibrilador foi acionado. Dali, Gilmar seguiu para o Procape.

"Estava passando pelo quilômetro quatro, quando vi o homem sendo atendido. Havia um enfermeiro da ambulância e dois anestesistas que passavam e fizeram o primeiro atendimento. Essa primeira ambulância não tinha médico, nem desfibrilador. Com muita dificuldade, por que não não havia também equipamentos nem material necessários, foi feito a entubação e a tentativa de reanimação. Só de 20 a 30 minutos depois é que chegou uma outra ambulância, com um médico da organização e com um desfibrilador, mas que só funcionava dentro do veículo", descreveu o cardiologista Michael Vitor Silva.

O homem deu entrada no Procape às 8h37, já entubado. No hospital, foram realizadas novas tentativas de reanimação, durante cerca de 45 minutos. Segundo o médico de plantão Ricardo Figueiredo, não houve sucesso e Gilmar acabou falecendo. Sem conhecimento do histórico médico do paciente, o profissional não pode precisar o que levou à parada cardíaca. "Ele chegou com o quadro de parada cardíaca, tentamos reanimá-lo por mais de 45 minutos, mas não tivemos sucesso", afirmou o médico.


Organização

De acordo com a organizção da corrida, Gilmar caiu no quilômetro cinco e a ambulância estava no quilômetro oito da prova, o que significa um tempo de atendimento rápido. Eles também negaram que a ambulância preparada não contasse com desfibrilador, acrescentando ainda que o carro contava até com UTI móvel.

* Com informações do repórter Alexandre Barbosa

 



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