Diario Urbano Recategorização da unidade de conservação Tatu Bola não prioriza o meio ambiente

Por: Jailson da Paz

Publicado em: 20/11/2015 09:07 Atualizado em: 20/11/2015 10:11

O governo do estado pode alegar que empregou o princípio da democracia ao acatar a proposta de recategorização da unidade de conservação Tatu Bola, a maior de Pernambuco, aprovada ontem no Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema). A justificativa para dizer que a unidade passará de Refúgio da Vida Silvestre para Área de Proteção Ambiental (APA) certamente, quando questionado, será esse. Acompanhei, na condição de repórter, o longo debate que resultou na formatação do decreto que institui o refúgio. Foi desgastante o processo de costurar entre sociedade civil, universidades e governo dos argumentos para dar aos mais de 100 mil hectares, distribuídos nos municípios de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista. O ex-governador Eduardo Campos estava a par de todos os passos. Em evidência, ele sabia do poder de repercussão de se criar um espaço para a preservação do tatu bola, um animal em risco de extinção e símbolo da Copa do Mundo de 2014. Vencidas todas as etapas, eis que o processo voltou a um estágio que pesquisadores e ambientalistas ligados à discussão temiam, o de se criar um espaço com uma categoria cujo rigor não é forte o suficiente para cumprir o que se destina. Tomando o que acontece em APAs existentes, a exemplo das áreas Beberibe e Aldeia, o sentimento é de se ter dado passos atrás quanto ao tatu bola, pensando-se menos na caatinga e no meio ambiente.

Sem fim

Parece não ter fim as obras de um pontilhão na Avenida Barreto de Menezes, em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes. O serviço está sendo executado há semanas, mas, segundo motoristas, nada se vê que sinalize o término da obra. Enquanto o trabalho continua, condutores desavisados freiam bruscamente no local e a poeira toma conta do lugar, bem perto da prefeitura.

No canal

Nem tudo é bom exemplo urbanístico no bairro de Casa Forte. Entre as reclamações dos moradores, está o canal da Rua Lemos Torres, que margeia o Shopping Plaza. O canal, embora revestido e tendo por perto equipamentos de lazer, sofre com os resíduos domésticos que descem ladeira abaixo. O destino da sujeira é o Rio Capibaribe, infelizmente.

A dengue manda

Dez casos de dengue e chikungunya foram contabilizados pelos moradores da Rua Manoel de Souza Lopes, no Vararoudo, nos últimos quinze dias. O número está deixando os moradores preocupados. Desespero maior é quando ligam para a Secretaria de Saúde de Olinda e são orientados a telefonarem para a Vigilância Sanitária. Nessa, porém, ninguém atende.

Corações de isopor

Para o Monumento ao Frevo, Abelardo da Hora não projetou corações nos passistas confeccionados em metal. Alguém, alheio à ideia do artista, pregou peças vermelhas de isopor em três figuras. Um dos corações caiu. Dois persistem nos passistas, quebrando a unidade do projeto. O monumento, inicialmente posto no aeroporto, foi transferido para a Rua da Aurora em 2005.

Casas do Pilar

Se a demora da prefeitura em concluir o conjunto habitacional do Pilar, no Bairro do Recife, já motiva debates acalorados nas ruas, imagine uma discussão na Câmara de Vereadores. É o que deve acontecer hoje a partir das 9h, em audiência pública, no encontro entre representantes dos moradores, parlamentares, promotores de Justiça, órgãos públicos e movimentos sociais.

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