De volta Peça sacra roubada há 39 anos da Igreja da Madre de Deus é devolvida à arquidiocese

Publicado em: 12/08/2015 14:47 Atualizado em: 12/08/2015 14:55

Foto: Arquidiocese de Olinda e Recife/ Divulgação
Foto: Arquidiocese de Olinda e Recife/ Divulgação
Um sacrário em madeira coberto por placas decoradas em prata roubado há 38 anos da Igreja da Madre de Deus, no Recife foi recuperado e entregue ao presidente da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para a Cultura, frei Rinaldo Pereira no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro. A restituição foi feita pela diretora do museu, Mônica Xexéo e pelo procurador do Ministério Público Federal no Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Suiama. Museólogas e advogados participaram do ato de assinatura do contrato de devolução e do termo de ajustamento de conduta.

O exemplar foi encontrado em poder de um herdeiro de colecionador particular, que espontaneamente concordou em devolvê-lo após vistoria realizada pela Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A restituição ocorreu no dia 13 de agosto de 2014. Desde então o bem esteve sob os cuidados do MNBA.

A peça, um patrimônio religioso, histórico e cultural, foi levada ad igreja no dia 23 de janeiro de 1976. O sacrário será apresentado oficialmente na próxima terça-feira, 18, ao arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, e aos sacerdotes durante reunião mensal do clero. O encontro será realizado às 8h30, no Centro Arquidiocesano de Pastoral Dom Vital, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife. O procurador Sérgio Suiama e a museóloga, Cláudia Rocha, representante do Museu de Belas Artes estarão presentes à cerimônia. O relicário ficará disponível para a visitação pública no Museu de Arte Sacra de Pernambuco, em Olinda.

O sacrário ou tabernáculo é uma urna onde se guardam as hóstias consagradas. A peça em madeira é recoberta com placas decoradas em prata, formando peça em duas partes, corpo e coroamento, com abertura frontal, medindo 69 centímetros de altura por 49 de largura. No topo há a imagem de um cordeiro deitado sobre um livro selado por sete selos numa referência ao capítulo 5 do livro do Apocalipse de São João. A passagem bíblica diz que apenas o Cordeiro é digno de abrir o livro. Cristo é simbolizado pelo cordeiro.



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