Diário Urbano Multa por demolição aquece discussão sobre preservação

Por: Jailson da Paz

Publicado em: 28/08/2015 08:18 Atualizado em:

Que sirva de alerta aos municípios a sentença da Justiça Federal condenando o Recife a pagar R$ 1.578.996,93 pela demolição indevida de um imóvel da Avenida 17 de Agosto. A multa pode até ser derrubada, caso a prefeitura recorra a instâncias superiores e consiga parecer favorável, mas o assunto está exposto. Cabe ao poder público pensar no desenvolvimento, mas também se preocupar na preservação histórica e cultural. Precisa-se de equilíbrio E o município, por ser a esfera governamental mais próxima das ruas, precisa imprimir o mesmo rigor, tanto em lei quanto em prática, nos trâmites para declarar um imóvel em  especial de preservação (IEP). Lei existe para isso, entretanto o que vemos é a gestão pública, em determinados casos, flexibilizar o entendimento da lei ou ignorar longos períodos de avaliações. Foi esse o entendimento da Justiça Federal para punir o Recife sobre a demolição de 2009. Lamentável em processos do tipo é que o valor da multa seja arcado pelos cofres públicos, devendo ter reflexo em outras áreas da administração municipal. Talvez reflita nas de saúde e educação ou talvez na área cultura. Bom seria repensar a maneira de se punir em casos assim, cobrando os prejuízos para os cofres públicos daqueles responsáveis diretamente pelo equívoco.
Bom para cavalo 
Quando se pensa em imagens da Rua do Espinheiro, no Recife, ao meio-dio as mais comuns serão as de trânsito intenso ou congestionamento. Não foi o que se flagrou ontem, quando uma carroça de tração animal ocupou a esquina da rua e o cavalo, faminto, aproveitou para dar algumas mastigadas.

Fazenda no condomínio… 
Projetado para ser o maior condomínio fechado da América Latina, o Conjunto Residencial Ignêz Andreazza, em Areias, talvez seja a maior fazendinha. Equinos e caprinos andam de um lado a outro do conjunto. Sempre à procura do capim mais verde, abundante nesta época do ano.

…Agiu no detalhe
A experiência rural para aí. Os moradores dos 2.464 apartamentos do Ignêz Andreazza vivem de portas trancadas. Teme-se os roubos, frequentes por ali. Nesta semana, um ladrão esperou uma moradora do módulo 3956 chegar junto à grade de um prédio para anunciar o assalto. 

Espírito solidário…
As constantes faltas de medicamentos para portadores do HIV contribuem para fatos inusitados. Para amenizar os efeitos da descontinuidade do uso de drogas como o Efavirenz e Kaletra, pacientes do Hospital das Clínicas dividem entre eles o que receberam da farmácia.

…A perder de vista
Desolador, segundo os soropositivos, é ouvir dos funcionários do hospital que não sabem quando os estoques dos medicamentos serão normalizados. Pacientes afetados temem o aumento da resistência do HIV, vírus da Aids, no organismo, previsível na falta de uso ou no uso incompleto de medicamentos.


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