Olinda Entidades do candomblé comemoraram pedido de registro do Palácio de Iemanjá

Publicado em: 13/03/2015 10:40 Atualizado em:

No dia em que Olinda completou 480 anos, foi entregue ao Conselho de Preservação dos Sítios Históricos de Olinda, o pedido de registro do Palácio de Iemanjá como Patrimônio Imaterial do Sítio Histórico de Olinda, também conhecido como terreiro de Pai Edu, no Alto da Sé. O pedido é para constituir o respeito à casa, já o registro oficial do local, tem como objetivo preservar a história das culturas de matriz afro-indígenas.

Pai Edu, que faleceu em 2011, foi um dos representantes mais conhecidos pela propagação do candomblé no Brasil, e é até hoje, considerado o homem que aproximou o candomblé da alta sociedade na busca pela redução do preconceito e respeito pela religião de cultura africana. ‘’Assinar o registro de tombamento da casa é uma forma de mantermos viva a memória de Pai Edu. Essa é uma das casas de Axé mais antigas de Olinda, localizada em seu centro histórico e cultural que precisava de um reconhecimento desse. O que está sendo feito representa um agradecimento nosso à nossa ancestralidade’’, comentou Pai Cleyton de Oxu.

De acordo com Pai Cleyton, o registro legitimará a vontade dos membros da casa em extinguir o preconceito que ainda existe na sociedade. “A cultura afro-indígena atualmente é vista de uma nova forma, tivemos uma evolução em relação ao espaço, pois muitos grupos têm trabalhado em busca disso. Antes, não íamos para as ruas com nossas vestimentas e características porque tinhámos medo de discrinados, agora estamos aos poucos ganhando espaço’’, comentou.

O secretário Patrimônio e Cultura de Olinda e presidente do Conselho de Preservação dos Sítios Históricos de Olinda, Lucilo Varejão, comentou sobre o pedido. ‘’Para quem faz parte de um conselho de preservação, receber este pedido é uma alegria. Lembramos sempre que quando Pai Edu estava vivo, a casa ficava lotada, muitos precisavam acompanhar as cerimônias do lado de for a. O registro  do patrimônio faz com que as próximas gerações tenham documentado o valor histórico da cultura olindense’’, ressaltou.



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