Rebeliões Movimentos de Direitos Humanos pedem mutirão para agilizar processos judiciais dos detentos

Por: Rebeca Silva - Diario de Pernambuco

Publicado em: 20/01/2015 16:46 Atualizado em: 20/01/2015 19:09

Crédito: Rebeca Silva/DP/D.A Press
Crédito: Rebeca Silva/DP/D.A Press
Movimentos de Direitos Humanos pediram nesta terça-feira (20) que o governo do estado e o judiciário revejam o quadro de profissionais que atuam no sistema prisional e façam um mutirão em cárater de emergência para dar andamento aos processos judiciais dos detentos. Diversas entidades se reuniram no Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), na Boa Vista, para discutir as rebeliões que ainda acontecem no Complexo do Curado, Zona Oeste do Recife, e na Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá. Os tumultos já resultaram na morte do sargento da PM, Carlos Silveira do Carmo, e de três detentos.

Entre outras queixas, os presos reclamam do atraso nos julgamentos, pedindo, inclusive, a saída do juíz da 1ªVara de Execuções Penais, Luiz Rocha. Atualmente o sistema prisional conta com três promotores e apenas um juiz para dar conta dos 31 mil presos. Em coletiva na última segunda (19), Luiz Rocha alegou ainda que são apenas 18 servidores e que a vara tem cerca de 17 mil processos. Em dezembro do ano passado foi anunciado que outros 7 profissionais devem ser contratados 

"Dentro do sistema também não tem uma equipe jurídica para orientar os presos. Se você chegar lá, eles sabem o número do processo decorado, o tempo que estão lá e o tempo que falta. Queremos que o governo se posicione e que o Comitê de Combate a Tortura investigue os casos de tortura dentro do presídio", afirmou a articuladora do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Eleonoura Pereira.

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