Eleições 2018

TRE-PE registra nove casos de eleitores com dificuldade para votar

Na Zona Sul, um eleitor se queixa que não pôde votar enquanto o eleitor anterior votou duas vezes. Outros dois foram confundidos pelo mesário e fizeram votação inversa

Publicado em: 28/10/2018 13:08

Foto: Marina Curcio/DP Foto

No colégio Santa Maria, em Boa Viagem, eleitores enfrentaram dificuldades ao exercer o direito do voto. De acordo com assessor-chefe da corregedoria, Orson Lemos, aconteceram dois casos, nesta mesma zona, em que votantes encontravam seus títulos como já utilizados antes mesmo de chegar às urnas.   

Em matéria publicada mais cedo neste domingo (28), o Diario de Pernambuco mostrou o caso de Francisco Pinheiro Dominici que se queixou de não poder votar em Fernando Haddad (PT) enquanto o eleitor anterior a ele teria votado duas vezes no candidato do PSL. Pouco mais tarde, situação semelhante aconteceu com outros dois cidadãos. 

Segundo Orson Lemos, o mesário teria trocado os eleitores quando foi confirmar nome na ata. "Quando o eleitor chega com a identidade, o mesário tem que olhar no caderno pelo nome e às vezes pega homônimos, nesse caso foi Rafael" disse o assessor-chefe. "No primeiro que ele viu, parou. Então ele digitou o título do Rafael e em seguida solicitou a impressão digital, que não autorizou."

Orson também explicou que mesmo após 4 tentativas em que a urna não reconheceu o eleitor, o mesário não teve o cuidado de avaliar o resto do nome, data de nascimento e nome de mãe, que estão no papel. "Ele apenas colocou o ano de nascimento de Rafael, que é a senha para liberar quando não reconhece pela impressão digital" explicou.

Assim, o eleitor teve a urna aberta, votou, pegou o comprovante e saiu da seção. Porém, logo após chegou o Rafael dono do título que foi confundido anteriormente. "Nesse caso, a urna mostrou que ele já tinha votado" disse Orson. "O primeiro Rafael, ao chegar em casa, vendo que o comprovante não correspondia ao nome dele, retornou a zona eleitoral para pedir ao mesário para trocar o comprovante e deu sorte porque ainda estava presente o outro Rafael." 

Orson Lemos afirmou que só quem pode avaliar o caso é a juíza eleitoral. "Ela registrou em ata que eram homônimos Rafael, de sobrenomes diferentes, mas com o mesmo ano de nascimento e por isso a senha funcionou. Nesse caso a juíza autorizou cadastrar o outro Rafael e fazer o inverso da votação" explicou. "Houve a identificação de erro material do mesário, mas houve a possibilidade de identificar e assim ambos eleitores saíram com a solução e seu direito de votos registrados. 

Com a volta de Rafael para a zona eleitoral, este problema foi resolvido. De acordo com Orson, no total, aconteceram nove casos deste tipo e 4 foram solucionados. Agora, o TRE-PE pensa em usar a data de nascimento completa como senha, para que não haja mais erros durante as votações.  

 

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