Rádio

Bivar defende ausência de Bolsonaro em debates

Durante programa na rádio, Presidente do PT em PE, Bruno Ribeiro acusou o candidato do PSL de evitar exposição na imprensa

Publicado em: 16/10/2018 13:44 | Atualizado em: 16/10/2018 14:59

Foto: Bruna Monteiro Esp.DP/D.A Press; e Reprodução/ Instagram

Em debate realizado na Rádio Jornal, na manhã desta terça-feira (16), o deputado federal eleito pelo PSL, Luciano Bivar, ligado ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro, admitiu que há articulação para que o partido assuma a presidência da Câmara dos Deputados a partir de fevereiro. Em contrapartida, o presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro, defendeu a tese de que a maior bancada deve reivindicar o comando do Parlamento. 

“O movimento existe, é inegável, vamos ter a maior bancada, mas temos que pensar agora no 2º turno para depois vermos isso”, destacou Luciano Bivar. O PSL elegeu 51 deputados, enquanto os petistas são 56. Por isso, Bruno Ribeiro questionou a afirmação de Bivar: “O PT que fez a maior bancada e é o partido que reivindica a presidência da Casa, mas, Luciano, caso você queira ajudar Haddad, que vai ser eleito presidente esperamos contar com você, se for o presidente da Câmara”, pontuou o petista. Em seguida, Bivar admitiu que foi procurado por parlamentares eleitos de outras siglas que mostraram interesse em ingressar no PSL “por conta do menor financiamento e tempo de TV em outras siglas”.

A não liberação do candidato Bolsonaro para participar de debates por recomendação médica, feita na última quinta-feira (11), também foi abordada. Na visão do presidente do PT, Bruno Ribeiro, o oponente está fugindo dos debates, algo que, na sua visão, não ajuda na decisão dos brasileiros no 2º turno presidencial. “A gente sabe o que o PT pensa, mas não sabe o que Bolsonaro pensa. Ele precisa explicar por que votou contra os direitos das empregadas domésticas, a favor da Reforma Trabalhista e da PEC que congela gastos com saúde e educação por 20 anos”, alfinetou. 

Na defesa do aliado, Luciano Bivar abordou os efeitos do atentado sofrido pelo candidato do PSL como justificativa “pertinente” para não ir aos embates. “Você imagina como está Bolsonaro que levou uma facada?”, indagou. “O suspeito rodou a facada na barriga dele, Bolsonaro recebeu 2,5 litros de sangue, a cabeça dele não está boa. E lembre-se que Lula sem ter levado nenhuma facada deixou de comparecer a debates na última eleição que ele disputou”, disse Bivar em referência ao fato do ex-presidente Lula abdicar de participar dos debates no 1º turno das eleições de 2006. 

A proposta de revisão do Estatuto do Desarmamento, que é defendida por Bolsonaro, mostrou as visões antagônicas de Bruno e Bolsonaro. O presidente do PT-PE fez referência ao assalto sofrido por Bolsonaro no Rio de Janeiro ainda quando era militar: “Ele fala tanto de liberar armas, mas ele mesmo foi assaltado quando era militar, foi assaltado na rua no Rio de Janeiro, tiraram a arma dele e tudo, então isso não resolve”. Para Bivar, o fato de um cidadão ter o porte de armas vai poder inibir os assaltos. “Por exemplo, tenho uma casa na praia e preciso de uma arma. No momento que o ladrão sabe que naquela casa não tem ninguém com arma ele vai entrar ali e fazer o assalto tranquilamente até com uma arma de brinquedo”, disse o deputado eleito. 

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