Eleições 2018

PT muda tom de propaganda após proibição do TSE

Partido trocou a frase "olha o Lula Lá" para Haddad é Lula lá". No entanto, legenda decidiu manter o nome do ex-presidente como candidato à Presidência

Publicado em: 04/09/2018 10:48 | Atualizado em: 04/09/2018 11:07

Foto: Divulgação (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação (Foto: Divulgação)
Depois da decisão do Tribunal Superior Eleitoral de suspender as inserções do PT na televisão estreladas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o partido mudou o tom da propaganda de rádio veiculada na manhã desta terça-feira (4). 

No horário eleitoral, o candidato a vice na chapa, a coligação passou a dizer que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad é o Lula na eleição.

O PT também fez algumas alterações no jingle “chama que o homem dá jeito”, que passou a dizer “chama que o 13 dá jeito”. Em um trecho que dizia “olha o Lula lá”, o PT também trocou a frase para “Haddad é Lula lá”.

Lula continua

O candidato a vice protagoniza a propaganda, mas continua sustentando sua participação no pleito com o apoio do ex-presidente, que está preso em Curitiba por causa da condenação no caso do triplex no Guarujá.

O PT repetiu na propaganda da manhã que a Organização das Nações Unidas disse que Lula pode ser candidato, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o direito de ele concorrer. Porém, após a nova decisão da Justiça Eleitoral, o recado veiculado no rádio teve menos ênfase do que o de sábado, quando a legenda dizia se tratar de um novo golpe contra o petista. 

A decisão de suspender as inserções televisivas da coligação “O povo feliz de novo”, tomada na segunda-feira, foi do ministro Sérgio Banhos. Ele entendeu que a propaganda estaria induzindo o eleitor a pensar que Lula ainda é o candidato do PT à Presidência.

Ainda na segunda, o ministro Luis Felipe Salomão, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aceitou o pedido do Partido Novo e suspendeu a propaganda eleitoral do PT na rádio, em que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é apresentado como candidato, como o próprio ministro descreve. Na decisão liminar (provisória), ele estipulou multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento.

De acordo com o ministro, o programa de rádio não deixa "margem a dúvidas" de que estão sendo descumpridas as deliberações do TSE.

Posicionamento

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua dando as cartas no Partido dos Trabalhadores. Seguindo ordens dele, a legenda decidiu manter seu nome como candidato à Presidência da República nas eleições de outubro.

A posição do ex-presidente sobre o assunto foi definida após uma série de conversas com advogados e políticos do PT, na sala onde ele cumpre pena, na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. O partido estava em dúvida se lançava o ex-prefeito de São Paulo, e candidato a vice, Fernando Haddad como cabeça de chapa de forma imediata ou se aguardava até o dia 11, data limite concedida pelo TSE para a troca de candidatos. Lula decidiu esperar a apreciação de um recurso, que será protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) contra decisão que o impede de continuar na corrida eleitoral.

No STF, o recurso da defesa do ex-presidente será enviado com um pedido de liminar, para suspender o prazo de 10 dias concedido pela Justiça Eleitoral para que ocorra a substituição dos nomes na chapa. A esperança dos integrantes do partido é de que a relatoria do caso, que é decidida por sorteio, fique com o ministro Edson Fachin, que ao votar no TSE, avaliou que Lula deve ter a candidatura mantida até que o comitê da ONU avalie o caso de forma definitiva.



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