Júlio Lossio recebe apoio de lideranças ligadas a Bolsonaro
Ex-prefeito de Petrolina recebeu o apoio do coronel Meira e de Gilson Machado, dois bolsonaristas. Ele apoia a candidatura presidencial de Marina Silva e frisa ser um político de %u201Ccentro%u201D que valoriza as boas coisas da direita e da esquerda
Por: Aline Moura
Publicado em: 12/09/2018 18:26
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O candidato ao governo pela Rede, Julio Lossio, recebeu, nesta quarta-feira (12), o apoio do coronel Luiz Meira (PRP), ex-diretor geral de Operações da Polícia Militar, e do empresário Gilson Machado (PSL), empresário, músico e articulador político da campanha presidencial de Jair Bolsonaro (PSL). Meira e Gilson disseram que Lóssio representa o pensamento da “direita de Pernambuco” e abriram uma dissidência nos seus respectivos partidos. A legenda de Meira apoia oficialmente o governador Paulo Câmara (PSB), enquanto a de Gilson está no palanque de Armando Monteiro Neto (PTB). Lóssio, por sua vez, defende a candidatura de Marina Silva (Rede) ao Palácio do Planalto.
“Estamos juntando toda a militância da direita de Pernambuco e de Bolsonaro. Eu vou apoiar Julio Lóssio e estou aqui com Gilson Machado Neto, que é do PSL. Representamos Bolsonaro em Pernambuco”, disse Meira, frisando que fará dobradinha com a esposa do candidato - Andreia Lossio (Rede) -, ele concorrendo a deputado federal, enquanto a esposa de Lóssio será candidata à Assembleia Legislativa.
“É essa nossa ideia, de defender cada vez mais o nome de Bolsonaro. Julio Lóssio é um homem de bem, um homem família, um homem cristão, ficha limpa, fez uma excelente prefeitura em Petrolina, foi quem mais fez creches em Pernambuco, quem mais construiu habitação (em termos proporcionais), quem mais resolveu a saúde, sendo ele médico... Então, para mim, é uma honra estar ao seu lado e ele repassou, para mim, a missão da segurança pública em Pernambuco como deputado federal”, acrescentou Meira, em entrevista ao Diario.
Gilson Machado também considera o ex-prefeito de Petrolina como tendo ideias que se identificam com a “direita”. “Ele é ficha limpa, torce pela meritocracia, foi um administrador exemplar de Petrolina, é um grande cirurgião, reconhecido no Sertão e não depende de política para se manter”.
Questionado se confirmava ser de direita, como ratificaram duas lideranças políticas ligadas a Bolsonaro, Lóssio respondeu: “eu não sou de direita, eu sou um homem de centro, nem direita nem esquerda. Eu, particularmente, não gosto desse termo, porque têm coisas boas no pensamento de direita e na esquerda. As concessões públicas que defendo para Suape... Nesse caso eu sou um homem de direita, não quero ver Suape na mão de politicagem, Suape terá que ter concessão pública e terá que ser um porto competitivo. Já na questão da educação, por exemplo, eu me identifico com a esquerda porque quero a melhor educação para as crianças pobres. Essa coisa de direita e esquerda foi superada desde a queda do Muro de Berlim. A China tem políticas de esquerda e direita porque os melhores resultados da educação do mundo estão na China, porque eles valorizam o mérito”, destacou Lóssio.
O ex-prefeito de Petrolina disse que não gosta de rótulos. “A bandeira de Pernambuco tem várias cores, azul, vermelho, verde... Era possível fazer a bandeira de Pernambuco sem costurar todas as cores? Eu quero costurar o azul do céu, o verde de esperança, o vermelho do sangue e da luta, quero costurar todas as cores. Nem a esquerda nem a direita sozinha faz a bandeira de Pernambuco”.
Lóssio explicou que recebeu o apoio de Meira porque analisou o programa que ele tinha construído para a segurança de Pernambuco e resolveu assimilar as propostas, entre elas, a de bonificar o policial militar que atua nas ruas. O candidato lembrou que Meira andou em 98 municípios, colheu sugestões e está indignado, por exemplo, com os assaltos a bancos que ocorrem no interior, a exemplo do que aconteceu em Surubim, no Agreste do estado, que contou com a presença de quase 40 criminosos. “Meira tem me falado muito sobre a falta de inteligência da polícia. Veja só. Num carro não cabe quarenta pessoas, em dois carros não cabem, em três não cabem, em quatro não cabem... Como é que tanta gente se reúne e não descobrem nada?”, indagou.
