Eleições
Para Julio Delgado, Lacerda ainda está aberto à mudanças
Deputado também acredita que, como Gleisi Hoffmann adiou quase 50 dias o encontro eleitoral do PT no estado pernambucano, que estava marcado para este domingo (10), vai ser difícil para os petistas terem uma candidatura própria, decidida em cima da hora
Publicado em: 06/06/2018 22:07 | Atualizado em: 06/06/2018 22:23
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Ex-líder do PSB na Câmara dos Deputados, o mineiro Júlio Delgado disse que se surpreendeu com o fato de o ex-prefeito Márcio Lacerda (PSB) ter convocado uma coletiva para receber o apoio do PDT e do Pros e ter a pré-candidatura ao governo de Minas Gerais lançada. Segundo Júlio Delgado (PSB-MG), Márcio Lacerda ainda pode mudar de decisão, mas esse é um gesto no qual não pode dar . “Não entendi porque convocaram uma coletiva para anunciar uma aliança do PSB, do PDT e do Pros (em Minas) se ainda estão abertos à mudanças”, disse ele, em entrevista ao Diario.
Delgado disse que o PSB não pode ficar refém de uma candidatura de Lula, porque ele pode ser barrado pela lei da Ficha Limpa, o que prejudicaria as alianças estaduais e os candidatos aos governos. Segundo ele, essa intransigência do PT em defender o nome de Lula, mesmo ele estando preso, impede as alianças. “Isso impede que a gente possa discutir em torno de um outro nome, mas acho que temos que unificar o máximo possível, unificar uma candidatura de centro-esquerda”, declarou, frisando ser necessário um bloco forte para enfrentar o candidato do PSB.
Para Julio Delgado, a decisão de Márcio Lacerda não deve impactar Pernambuco. Ele entende que, como Gleisi Hoffmann adiou quase 50 dias o encontro eleitoral do PT no estado pernambucano, que estava marcado para domingo, vai ser difícil para os petistas terem uma candidatura própria, decidida em cima da hora. Ele acredita que o caminho natural das duas legendas, em Pernambuco, é a aliança.
Márcio Lacerda, por sua vez, cogitou a possibilidade de ser vice-presidente do presidenciável Ciro Gomes (PDT), mas negou a intenção de apoiar a reeleição do governador Fernando Pimentel (PT). “Tem três meses que esse assunto surgiu, e ele vem sendo repetidamente requentado na imprensa. Essa hipótese nunca existiu como proposta ou decisão a ser tomada”, declarou Lacerda. O apoio dos socialistas a Pimentel estava sendo esperado para que o PT nacional liberasse a aliança dos petistas em Pernambuco com Paulo Câmara.
