Caminhoneiros

Governo afirma que 45% das interdições em rodovias já foram liberadas

Investigação está em curso para apurar a prática de locaute por empresários do setor

Publicado em: 25/05/2018 22:23

Foto: Paulo Paiva/DP
O governo federal voltou a se manifestar no início da noite desta sexta-feira (25) sobre a crise causada pelo movimento de greve dos caminhoneiros. Em coletiva, com os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, Sérgio Etchegoyen, da Secretária de Governo, Carlos Marun, e Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, e da Defesa, Joaquim Luna, o Planalto fez novo esforço para dizer que está atuando para resolver a situação.

De acordo com os ministros, cerca de 45% dos pontos de interdição foram liberados. Haviam 938 bloqueios, mas 419 foram liberados. “As obstruções que continuam, todas elas são parciais, o que aponta para a adesão crescente dos senhores caminhoneiros ao acordo que foi fechado no Palácio do Planalto”, disse Raul Jungman. 

Ainda em sua fala, Jungman afirmou que o governo ainda pode lançar mão da edição de decreto que lhe permitirá a requisição várias prerrogativas. “Caso se faça necessário, estaremos em condições de, dispondo de motoristas, sejam das Forças Armadas ou não, poder pilotar, poder guiar veículos, inclusive privados, para que o abastecimento seja contido e possamos voltar a ter o abastecimento regular”, afirma. 

O ministro da Segurança Pública ainda afirmou que cerca de duas dezenas de empresários foram convocados para depor para verificar a existência de locaute. "A utilização pelos patrões, distribuidoras, transportadoras, grandes empresas, do movimento para ampliar suas margens de lucro, isso caracteriza locaute e, ao contrário da greve, o locaute é uma ilegalidade”,disse. 

Também hoje, segundo o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), o presidente Michel Temer assinou decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que autoriza uso das Forças Armadas em casos de situações de perturbação da ordem pública. A validade do decreto é até 4 de junho. 

Segundo o general Etchegoyen, o governo optou pelo emprego da força nacional temendo o desabastecimento. “O que o governo está querendo dizer é, se nós não conseguirmos fazer com que o abastecimento necessário, e que a população passe necessidade que coloque em risco a sua saúde, a situação sanitária, as crianças irem à escola, haverá requisição [de militares na reserva]”, afirmou o general.
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