Pedido

Raquel Dodge pede a manutenção da prisão do ex-ministro Antonio Palocci

De acordo com Raquel, Palocci é um "homem poderoso, com conexão com homens poderosos, e, caso seja concedido o habeas corpus e ele seja liberado, pode influenciar no andamento da ação penal"

Publicado em: 11/04/2018 16:14

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O juiz federal Sérgio Moro proibiu expressamente nesta quarta-feira, 11, o uso de algemas no ex-governador do Rio Sergio Cabral (MDB), que será transferido de Curitiba para a Cadeia Pública de Benfica, no Rio. A remoção do emedebista foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira 10.

Quando foi transferido do Rio para Curitiba, Cabral foi algemado nas mãos e nos pés por agentes da Polícia Federal. A medida contrariou Súmula do Supremo que disciplina o uso das algemas.

Em sua fala na sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que julga hoje o pedido de liberdade de Antonio Palocci, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu a manutenção da prisão preventiva do petista. "Peço o não conhecimento do habeas corpus, mas, se ultrapassada a questão preliminar, que a ordem seja denegada", afirmou a chefe do Ministério Público Federal.

De acordo com Raquel, Palocci é um "homem poderoso, com conexão com homens poderosos, e, caso seja concedido o habeas corpus e ele seja liberado, pode influenciar no andamento da ação penal". A procuradora-geral defende a manutenção da prisão preventiva "para manter a ordem pública, para fazer cessar a prática do crime de lavagem de dinheiro para a aplicação da lei penal". Ela destaca, ainda, que a prisão preventiva serve também para interromper a prática de crimes.

A prisão preventiva de Palocci foi decretada nove meses antes da condenação em primeira instância. O juiz Sérgio Moro sentenciou o ex-ministro a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Seu caso ainda não foi julgado em segunda instância.

"A culpa do réu foi, portanto, confirmada. Mas havia também o perigo de o condenado continuar a lavar dinheiro", afirmou Raquel. A procuradora-geral cita que entre janeiro de 2013 e março de 2017, mesmo depois de preso, o petista aplicou R$ 7,6 milhões, com resgate posterior, e transferiu R$ 415 mil para o plano de Previdência privada de sua família.
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