Por: Aline Moura - Diario de Pernambuco
Publicado em: 21/08/2017 20:14 Atualizado em: 21/08/2017 21:12
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| Ministro das Cidades tirou fotos ao lado de mulheres beneficiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida e ao lado de Madalena Britto (PSB). Foto: Ministério das Cidades/Ascom |
Cotado para participar de uma chapa majoritária em 2018, o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), fez rasgação seda, nesta segunda-feira (21), em homenagem ao deputado federal João Fernando Coutinho e à prefeita de Arcoverde, Madalena Brito, ambos do PSB. Ao participar da cerimônia de entrega de 929 casas do Programa Minha Casa, Minha Vida, no município sertanejo, Bruno chamou Madalena de "guerreira" e João Coutinho de "meu amigo" que "nos ajuda tanto em Brasília". Os afagos do ministro também foram dirigidos à presidente da Câmara Municipal, Célia Cardoso (PSB), que teria lhe apoiado para receber o título de cidadão de Arcoverde.
No discurso que fez diante de uma plateia animada, Bruno procurou usar uma linguagem mais intimista, com um vocabulário mais popular. Para se ter uma ideia, ele se rotulou como "matuto" e disse que, como "matuto sabe honrar seus pagamentos", não havia mais nenhuma dívida do ministério pendente com qualquer construtora responsável pelo Minha Casa, Minha Vida.
Na mesma linha de elogios a lideranças do PSB, Bruno disse que sentia orgulho pelo fato de o município ter duas mulheres à frente da prefeitura e da Câmara Municipal. "Aqui, em Arcoverde, a prefeita e a presidente da Câmara... O Poder municipal é todo mulher. Aprecio quando a mulher tem fibra e coragem", declarou.
Bruno Araújo disse ter conversado com a prefeita Madalena Brito e perguntado qual era a receita do município. Na ocasião, ela revelou que o valor já investido pelo Ministério das Cidades em Arcoverde, cerca de R$ 150 milhões, equivaleriam a "três anos de arrecadação do município".
O ministro ainda procurou dar um tom de novidade ao fato de as mulheres serem as proprietárias dos novos imóveis do Minha Casa, Minha Vida. A regra já era adotada nos governos petistas, mas Bruno não poupou menções ao gesto que o ministério estava fazendo em relação às mulheres. "A verdadeira chefe da casa e do lar é a mulher. Por isso que a gente determinou que as escrituras fiquem em nome da mulher", declarou, para depois fazer um apelo aos homens presentes. "Adulem e tomem conta dessa mulher porque ela é dona dessa casa, ela que protege o lar e família... ", declarou.
