CONGRESSO Padilha admite maior consideração com base, mas descarta reforma ministerial "Por enquanto, a posição do presidente Michel Temer é pedindo que apoiem as posições do governo e no devido momento essas posições serão avaliadas", completou

Por: AE

Publicado em: 14/07/2017 21:31 Atualizado em: 14/07/2017 21:36

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta sexta-feira, 14, em entrevista à Rádio Gaúcha que é natural que o governo tenha mais consideração com os partidos da base e com aliados mais fiéis, mas descartou por ora uma reforma ministerial.

"Por certo, os partidos que tem maior representatividade dentro do Congresso em favor do governo tem que ter maior consideração do governo e isso será analisado no devido tempo. Por enquanto, a posição do presidente Michel Temer é pedir que apoiem as posições do governo e no devido momento essas posições serão avaliadas", disse Padilha.

O ministro afirmou que o objetivo do governo é também conquistar na votação em plenário da denúncia contra o presidente Michel Temer os votos de integrantes do PSDB e do PSB que não apoiam o governo. "Não se tem que falar, neste momento, de reforma ministerial", afirmou.

Ao ser indagado sobre as traições dos tucanos, ele disse que cabe ao presidente analisar a situação, por ser quem "disponibiliza os ministérios e os cargos". "Por enquanto, a posição do presidente Michel Temer é pedindo que apoiem as posições do governo e no devido momento essas posições serão avaliadas", completou.

Ontem, em entrevista à reportagem, Padilha destacou que o fechamento de questão de diversos partidos contra a denúncia mostra que há segurança na derrubada da mesma no Plenário. Já fecharam questão PMDB, PRB, PR, PP e PSD. "Só aí já temos os 171 votos necessários (para derrubar)".

Questionado se o governo pretende fazer uma readequação da base aliada após a eventual derrubada da denúncia, o ministro afirmou que "cada dia sua agonia". "A circunstância é que vai ditar", disse. Ele admitiu que será preciso avaliar o comportamento dos fiéis e infieis. "Temos que ver como é que vai ser o comportamento de toda a base durante esse processo. O governo é dinâmico e está sempre procurando corresponder ao que seja a sua base", ponderou.

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