Opinião Ary Avellar Diniz: Violência Ary Avellar Diniz é diretor do Colégio Boa Viagem e da Faculdade Pernambucana de Saúde

Publicado em: 22/06/2017 07:29 Atualizado em:

Desde os tempos primitivos, após os nossos avós saborearem a maçã pecaminosa, nunca mais as gerações subsequentes tiveram paz.
Na Idade da Pedra, os bárbaros trogloditas interagiam com extremada violência. Os mais fortes fisicamente (inteligência próxima de zero) apoderavam-se de tudo a seu redor.

Caim matou Abel: passagem bíblica de violência humana.

Passaram-se os tempos, e a população da Terra, que aumenta vertiginosamente, tem-se visto diante de sérias dificuldades para suprir-se de alimentação necessária à subsistência, além de enfrentar a falta de atendimento à saúde, problemas com educação, moradia, segurança…
Alguns críticos e historiadores severos afirmam que “a guerra é um bem necessário à humanidade”.

E no Brasil, como andam as coisas? Dos anos 80 para cá, alastrou-se a violência interna.

Noticiam-se frequentemente: crimes contra a mulher (“a Lei Maria da Penha já era”); estupros, considerados “alta covardia”; estradas nacionais a virarem palco de assaltos diversos e acidentes rodoviários em larga escala (50.000 mortes por ano), além de bombardeamentos a carros-fortes e assaltos largamente planejados, com utilização de dinamites, aos caixas automáticos de bancos. Tudo isso numa crescente escala assustadora.

A população pede urgência nas ações governamentais, a fim de que imponham medidas mais drásticas e imediatas contra o crime. É estimulante para o transgressor da lei ser condenado a 20 anos de prisão e, em pouco tempo, ser absurdamente colocado em liberdade. Já os corruptos punidos recentemente dão ao público mostras de descaso com as leis do Código Penal, batendo de frente com a sociedade. As inúmeras passeatas realizadas no Brasil clamam por “Mais Justiça”!

Analisando outros fatos transgressivos, lembramo-nos daquele antigo provérbio que diz: “A ocasião faz o ladrão”. Se usássemos dessa mesma óptica, seria justificável o cidadão desempregado fazer-se acompanhar de mais de 14 milhões de desocupados e forçosamente, em grande número, encaminhar-se ao mundo do crime por razões de sobrevivência…
Tem-se dito que a solução é o governo prestigiar mais o empresário, o empreendedor, elemento capaz de minimizar tão triste situação e fazer o Brasil voltar a um bom ritmo de crescimento.

Num país de economia sustentável, não há crise que resista! É só não deixar levar o dinheiro: conter custos e produzir cada vez mais nos vários setores econômicos.

Outros tristes registros de violência: crescimento diário de homicídios praticados por “pivetes”. São criaturas inconsequentes e despreparadas para o mundo que não o da violência. Geralmente, esses garotos habitam comunidades carentes e são desprovidos de qualquer tipo de educação. Sua alegria maior é quando o Flamengo ou o Corinthians conquistam o título de campeão!

Cabe ao governo, insistimos no assunto, enviar para locais de moradias humildes equipes constituídas de professores, assistentes sociais, técnicos em educação física e psicólogos, no intuito de exercer trabalho baseado em planejamento estratégico, todos imbuídos do nobre compromisso de recuperar a educação — não só dos filhos, mas também dos pais e das mães residentes nesses locais.

Todo adulto que envereda pelo crime não aceita que seu filho siga o mesmo caminho.

Na vida, nada é fácil! Devemos pensar sempre no futuro do Brasil e ter em mente que esses jovens serão os profissionais do amanhã. Não percamos de vista a meta a ser alcançada: “Educação para todos”! 
 


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