opinião Paulo José Barbosa: Ação solidária no Recife Paulo José Barbosa é Diretor de Planejamento do Movimento Pró-Criança

Publicado em: 25/05/2017 07:56 Atualizado em:

Conforme dados do IBGE (Pesquisa Nacional por amostra de Domicílios-2014), há em Pernambuco 3,070 milhões de crianças, adolescentes e jovens na faixa etária de 0 a 19 anos, para um total da população que é de 8,799 milhões de pessoas. Isto significa que o contingente acima é de 34,89% da população total.

Na Região Metropolitana do Recife de acordo com a pesquisa anteriormente referida, existe um contingente na faixa etária indicada, vivendo nas favelas ou palafitas, em condições de pobreza ou extrema pobreza, de 360.000 indivíduos. Condições que significam, pelos padrões internacionais, uma renda domiciliar per capita mensal igual ou inferior à metade ou um quarto do salário mínimo. Tais dados recomendam a necessidade de esforços visando um urgente processo de inclusão social e econômico de uma população equivalente a uma grande cidade, marginal a nossa  capital. Exigindo, pois, a realização de ações nas principais áreas, inclusive como as de educação, saúde, desenvolvimento social, além de outras como transporte, combate à violência, as drogas, mobilidade, etc.

A tarefa, por si só, não é simples, exigindo ações rápidas e eficazes para alcançar algum sucesso de curto e médio prazo. Para isso será necessário além da ação do governo, a mobilização da sociedade e a elaboração de um plano de trabalho, onde muitas instituições e pessoas possam participar, sem nenhuma condição partidária ou ideológica. A experiência de algumas instituições que já atuam em áreas da cidade do Recife e de outras, situadas em diversos estados do país, podem oferecer subsídios e competências para apoiar este trabalho de características profundamente solidárias.
No Recife, nas áreas dos Coelhos, Joana Bezerra e Coque, existe uma ação desenvolvida pela Rede de Solidariedade, coordenada pela Casa de Frei Francisco, que congrega cerca de 10 instituições não-governamentais, além de outras públicas e privadas, tais como, faculdades, hospitais e órgãos governamentais, que poderiam ser a base para montagem desse programa, principalmente, nas áreas de educação, saúde e desenvolvimento social.



MAIS NOTÍCIAS DO CANAL