Delação Joesley diz que Mineirão foi usado em esquema para repassar R$ 30 milhões a Pimentel Valor teria sido acertado via compra de ações de uma das empresas que integram o consórcio da Minas Arena

Por: Estado de Minas

Publicado em: 23/05/2017 15:17 Atualizado em:

O governador Fernando Pimentel (PT) teria recebido R$ 30 milhões em propina do empresário Joesley Batista, dono do JBS. O valor teria sido repassado a ele via contrato de compra de 3% de ações do estádio Mineirão, de acordo com Batista em relato dado à Procuradoria-Geral da República (PGR). 

Na delação, o empresário conta que a negociação ocorreu via HAP Engenharia – uma das empresas que integrava o consórcio Minas Arena -, de quem o executivo adquiriu papéis do mercado financeiro. O valor, no entanto, seria repassado ao petista. “Ele me recebeu lá no hangar mesmo, R$ 30 milhões, tudo bem. Para viabilizar, ele me apresentou um sujeito, que era o dono de uma construtora, que me vendeu 3% de um estádio”, disse. 

Ainda segundo o que contou à PGR, a quantia teria sido acertada com o tesoureiro da campanha, Edinho Silva, com a anuência da então presidente Dilma Rousseff, que indicou que Fernando Pimentel deveria receber o valor. 

De acordo com a assessoria de Fernando Pimentel (PT), a acusação é “leviana e mentirosa” e não apresenta provas. “Nos trechos disponibilizados para a imprensa é possível perceber que as afirmações de Joesley Batista em relação ao então candidato ao governo de Minas não tem nenhum suporte em provas ou evidências materiais”, afirma a assessoria por nota. 

Ainda de acordo com a assessoria do petista, o governador nunca recebeu valores, direta ou indiretamente da empresa e desconhece a agenda do empresário. 

Sobre a HAP Engenharia, Pimentel afirma que a empresa vendeu mesmo 3% de suas ações - de acordo com posicionamento público -, e que os recursos foram usados para aporte na própria empresa, sem repasse a políticos ou partidos.


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