Segundo turno João Paulo diz que usar nome de Eduardo não compensa 'descaso' da gestão de Geraldo

Por: Aline Moura - Diario de Pernambuco

Publicado em: 21/10/2016 21:49 Atualizado em: 21/10/2016 22:27

João Paulo participou de ato político ao lado da vereadora Marília Arraes, neta de Arraes. Foto: Társio Alves/Divulgação
João Paulo participou de ato político ao lado da vereadora Marília Arraes, neta de Arraes. Foto: Társio Alves/Divulgação

Candidato a prefeito do PT no Recife, João Paulo afirmou nesta sexta-feira (21), que não adianta o adversário, Geraldo Julio (PSB), voltar a utilizar o nome do ex-governador Eduardo Campos (PSB) para fortalecer sua campanha, como fez em 2012. Na avaliação de João Paulo, o nome de Eduardo “é muito forte, mas não vai compensar o descaso do governo dele (do prefeito)”. O petista fez a declaração ao participar de um pinga fogo na Rua Sete de Setembro, no Centro do Recife. Ele chegou acompanhado ao ato político da vereadora Marília Arraes (PT), neta de Arraes.

Em contagem regressiva para o segundo turno, João Paulo criticou o PSB por ter sido anfitrião, nesta última quinta-feira (20), do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e ter apoiado o impeachment de Dilma Rousseff (PT). A declaração foi dada um dia depois de o petista elogiar o posicionamento do governador Paulo Câmara (PSB) contra a PEC 241, que congela os gastos públicos e vem sendo defendida pelo presidente Michel Temer (PMDB).

“A vinda do Alckmin aqui (no estado) mostra que o PSB não tem mais nada de esquerda e de socialista. Está ligado ao projeto neoliberal que Michel Temer tenta implementar no Brasil de todo jeito”, afirmou, para depois acrescentar que "Alckmin não agrega nada  à campanha política do estado". “Mas eles podem trazer (Alckmin)”, ironizou.

João Paulo negou estar fazendo qualquer tipo de sinalização para o PSB. Ressaltou apenas ter mencionado a postura de Paulo Câmara contra a PEC e de alguns deputados federais da legenda socialista. “Vocês não deram destaque quando eu disse, por exemplo, que tanto o governador quanto o atual prefeito apoiaram o golpe em cima da presidente Dilma. Eu falei a posição da bancada do PSB, daqui, que está votando contra a PEC 241, mas foi só uma referência, nada de sinalização. Não vemos perspectiva a longo prazo de aproximação. O que eu falei foi que já vi muitas coisas na política no estado de Pernambuco”, declarou, num tom diferente do que usou na última quinta-feira.

Em entrevista à Rádio Folha, João Paulo afirmou que a eleição de 2016 provocaria um "tsunami" na política estadual e uma reacomodação de forças políticas. O petista citou, por exemplo, a divisão interna do PSB, lembrando que o senador Fernando Bezerra Coelho vem buscando uma aproximação com o PSDB, contrariando outros segmentos do partido.



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