Medo Polícia investiga quatro casos de violência contra candidatos ou correligionários Fato mais recente aconteceu ontem, quando carro do candidato a prefeito de Itambé, João Velozo (PSD), foi alvejado a tiros e capotou

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 30/09/2016 08:20 Atualizado em: 30/09/2016 08:37

Às vésperas das eleições, a violência ganha destaque no noticiário político nacional e local. Em Pernambuco, a polícia civil investiga quatro casos de agressões sofridas por candidatos ou correligionários. Todos registrados esta semana.

O fato mais recente aconteceu na manhã de ontem, contra o candidato a prefeito de Itambé, João Velozo (PSD), e a candidata a vice, Jéssica Santos. Os dois seguiam de carro por uma estrada na Zona Rural do município, após participarem de compromissos de campanha, quando foram surpreendidos por um homem que efetuou diversos disparos de arma de fogo contra o veículo. O candidato, que dirigia o carro, perdeu o controle do veículo, que capotou.

Mais cedo, durante a madrugada, a casa do prefeito de Camutanga e candidato à reeleição, Armando Pimentel (PSB), foi alvejada a tiros. O político acionou o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) pedindo reforço policial durante as eleições. Ele denunciou ainda suspeita de compra de votos.

Na segunda-feira passada, em Agrestina, Agreste de Pernambuco, a coordenadora de campanha da candidata à prefeitura Carmen Miriam (PSB) teve o carro alvejado a tiros. O veículo seguia para Caruaru, quando aconteceu o atentado. Em Ipojuca, o candidato a prefeito Romero Sales (PTB) teve pedras atiradas contra seu palanque durante um discurso.

Falso crime - Em Vicência, o candidato a vereador da Cidade de Vicência Márcio Rogério Araújo de Fontes (PSDB), 31 anos, confessou, nesta quarta-feira, durante depoimento aos delegados que o seu sumiço foi uma farsa. Após o depoimento, o candidato passou por exame traumatológico no Hospital da Cidade, no local, houve uma comprovação de que o próprio candidato teria provocado pequenos arranhões nele mesmo. A Polícia Civil que, inicialmente, tinha instaurado inquérito para investigar o desaparecimento deve indiciá-lo por falsa comunicação de crime.


Fontes falou em depoimento que foi até uma praia na Paraíba, onde teria permanecido com medo de represálias (que ainda não foram comprovadas pela Polícia Civil de Pernambuco). Apenas nesta madrugada, o psdebista foi a um posto de combustível em Itambé, ainda na Mata Norte do Estado, se identificou como sendo o político desaparecido e pediu para acionar a Polícia Militar. Nesta manhã, de acordo com a pm, o político teria informado que estava com as mãos amarradas e teria revelado ter caminhado cerca de 15 quilômetros. 

O candidato estava estava desaparecido da Cidade de Vicência, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, desde segunda-feira. A família de Fontes registrou, no mesmo dia, o boletim de ocorrência, eles temiam que acontecesse algo com o político, que desapareceu depois de denunciar supostas irregularidades dos concorrentes.

 



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