Despedida Corpo do ex-vereador Liberato Costa Júnior é velado na Câmara do Recife Aos 97 anos, o político morreu de parada cardíaca em sua residência, na tarde desta quarta-feira

Publicado em: 14/01/2016 09:37 Atualizado em:

Liberato é velado junto com as bandeiras do Recife e do Santa Cruz. Foto: Tércio Amaral/DP
Liberato é velado junto com as bandeiras do Recife e do Santa Cruz. Foto: Tércio Amaral/DP

O corpo do ex-vereador do Recife Liberato Costa Júnior (PMDB), que faleceu na tarde desta quarta-feira, está sendo velado neste momento na Câmara do Recife. Aos 97 anos, o político morreu de parada cardíaca em sua residência, localizada nas proximidades da Praça do Hipódromo, na Zona Norte do Recife. O “velho Liba”, como também era conhecido, chegou a ser internado em uma UTI de um hospital recifense no mês passado, mas se recuperou e teve alta.

O velório do ex-vereador teve início às 18h30 desta quarta, com a presença do governador Paulo Câmara (PSB) e do vice e presidente estadual do PMDB, Raul Henry, do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), do ex-presidente do PMDB Dorany Sampaio, além de outros políticos próximos do ex-vereador. “Ele foi um dos fundadores do PMDB e sempre destemido em tempos difíceis. Era teimoso também. Uma vez se recusou a ir a um restaurante só porque era dentro do Clube dos Oficiais Militares”, recordou Sampaio.

Antigos servidores da Câmara, que trabalharam com Liberato no Legislativo, também prestaram uma última homenagem. O caixão do político está coberto com as bandeiras do Recife e do Santa Cruz, time pelo qual torcia. O velório segue na manhã de hoje e a previsão é de que o enterro seja às 10h no Cemitério de Santo Amaro. A Câmara do Recife decretou luto de três dias, assim como a Prefeitura do Recife.

A movimentação é grande na Câmara do Recife, onde é velado o corpo do ex-vereador. Foto: Tércio Amaral/DP
A movimentação é grande na Câmara do Recife, onde é velado o corpo do ex-vereador. Foto: Tércio Amaral/DP

“A Câmara Municipal do Recife e seus vereadores perdem uma enorme referência política”, afirmou o presidente da Casa, Vicente André Gomes (PSB). A paixão de Liberato pela política, porém, não suplantava a dedicação à família. “A gente perdeu nosso pai, amigo e exemplo de dedicação. Eu lembro que uma vez disse que queria falar com ele e na hora chegou alguém para falar de política. Ele fez essa pessoa esperar para que a gente conversasse antes”, contou a neta Virgínia Gonzaga. Ela explica que o avô esteve internado em dezembro para tratar uma infecção urinária e, posteriormente, teve um enfisema pulmonar causado pelos anos de fumo.

Nesta quarta-feira, Liberato teve três paradas cardíacas, sendo a primeira às 11h, a segunda pouco depois e a última por volta das 13h20, quando morreu. “O médico chegou a reanimá-lo duas vezes. E chegou a brincar dizendo que meu avô estava ‘tirando onda’. Em alguns momentos, quando foi reanimado, o batimento foi na casa dos 180. Ele lutou até o fim”. À tarde, o movimento de populares era grande. O vereador Marcos Menezes (DEM) chegou a prestar condolências à família no início da tarde, na residência, no Hipódromo.

História 
Liberato Costa Júnior nasceu no Recife, em 11 de abril de 1918. Teve parte de sua formação na extinta Escola Normal (hoje, a sede da Câmara do Recife). O ex-vereador tentou seu primeiro mandato em 1951, pela UDN, mas ficou na suplência e só foi eleito em 1955. Liberato chegou a ser prefeito do Recife, em 1963, quando o então prefeito Miguel Arraes e o vice Arthur Lima Cavalcanti deixaram os postos. Arraes foi eleito governador e Arthur eleito deputado federal. Liberato era viúvo, teve duas filhas e deixou sete netos. Será enterrado ao lado de sua companheira.


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