Diario Opinião: união por um futuro melhor "A hora é de ação e de trabalho. De participação proativa"

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 01/12/2015 07:18 Atualizado em:

Por Roberto Pereira
Ex-secretário de Educação e Cultura de Pernambuco
robertop@elogica.com.br

O mundo do futuro será cada vez mais o da tecnologia, da cibernética, do automatismo, da robotização, quando, à Raimundo Nonato, “...nas linhas da internet / o mundo é grande mas cabe / no espaço de um disquete”. (Hoje, pen drive). Será um mundo da barbárie, da ausência da ética, da profissionalização dos assaltos, da negação da família e da ausência de Deus.

O futuro, segundo Oscar Wilde, começa a habitar em nós antes mesmo de acontecer. Hoje, as perspectivas são sombrias, haja vista o que pulula à nossa frente: desemprego, miséria e fome.. Outros, adeptos da verdade cientifica, nem por isso avocam a si algum compromisso nesse processo de combate à agressão ao meio ambiente.

Os relatórios sobre as condições climáticas da Organização Meteorológica Mundial (WMO) imputam à humanidade substancial contribuição para o aquecimento global, vaticinando como provável essa gana do ser humano em viver o presente, sem pensar nas gerações futuras e em nós mesmos, já que, segundo o filósofo, “é no futuro onde vamos morar”.

Os problemas maiores, movidos por mãos humanas, parecem ensejar a emissão de óxido nitroso, de metano e gás carbônico, tidos como subprodutos das atividades econômicas, principalmente a agropecuária, esta por vez atrelada ao desmatamento através das queimadas criminosas feitas nas florestas. Gases que acumulam na atmosfera uma imensa e extensa estufa, camada esta que impede o calor de deixar o nosso planeta. Sãos os malsinados gases-estufa.

A segunda parte do documento decorrente das analises do IPCC enfatizou os novos modelos de previsão de clima que sugerem, no mais grave dos cenários, o desaparecimento de enorme parte da Floresta Amazônica até – pasmem! – o ano de 2080, em conseqüência do aquecimento global, uma catástrofe segundo o modelo Haddley Centre, conforme assegurou à BBC o professor Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa).

Fearnside, louvado em estudos, tem dito que o aquecimento do oceano Pacifico e fenômenos como o El Niño vêm se repetindo com maior freqüência. Todavia, há controvérsias, haja vista o fato de o IPCC insistir no efeito estufa como causador do aquecimento global e das mazelas decorrentes dele, que têm, no ser humano, o sujeito da oração.

O professor Fearnside não diverge das conseqüências geradas pelo efeito estufa, mas, sobrelevando-o, afirma ser o fenômeno do El Niño capaz de “enlouquecer o clima”, causando secas nos diversos quadrantes do mundo. Decorrentemente, com as secas no alto do rio Negro, a Floresta Amazônica estaria entre as mais vitimadas. O maior agravante seria a eliminação da floresta sem haver desmatamento, apenas pelo clima, originando, no seu lugar, um tipo de savana, a exemplo do cerrado brasileiro. E a água? Até quando vamos tê-la?

Vai-se, assim, o tempo da “sombra e água fresca”, dos jabutis corujando por cima das árvores, assim lançados pelas mãos que afagam os seus afilhados. A hora é de ação e de trabalho. De participação proativa. Uni-vos, cidadãos do mundo!


MAIS NOTÍCIAS DO CANAL