Sem medo Ex-gerente da Petrobras dizia que tinha o 'suporte do partido', afirma delator

Por: Agência Estado

Publicado em: 04/08/2015 16:57 Atualizado em:

O delator Mário Góes afirmou à Justiça Federal nesta segunda-feira, que o ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco lhe disse certa vez que não tivesse medo de operar pagamentos de propinas na estatal porque 'tinha o suporte do partido'. Para Góes, o partido ao qual Barusco se referia era o PT. Góes prestou depoimento em duas ações penais da Operação Lava-Jato. Ele é um dos novos delatores do caso.

Ao ser questionado sobre trecho de sua colaboração perante a força-tarefa da Lava Jato, Mário Góes relatou a conversa com Barusco. "Quando ele me pediu que eu o ajudasse, ele disse que já fazia isso (distribuição de propinas) havia muito tempo com outras pessoas. Eu disse que não gostaria muito de fazer isso porque a Riomarine (empresa de Góes que operou propinas, segundo a Lava-Jato) já existia naquela época há mais de 15 anos e eu já trabalhava há mais de 40 anos e tinha certos receios."

Segundo Mário Góes, o então gerente de Engenharia e braço direito de Renato Duque na Diretoria de Serviços da Petrobras recomendou a ele 'que não tivesse medo, que não ia acontecer nada'.

"Ele (Barusco) disse que eu não tinha que me preocupar porque tinha o suporte superior e o partido envolvido. Acho que ele se referia, ao que eu entendo, ao PT. Mas eu não tenho nenhuma prova disso."

MAIS NOTÍCIAS DO CANAL