Ex-diretor do Banco do Brasil
Pizzolato "prefere morrer" a cumprir pena no Brasil, diz senador italiano
Carlo Giovanardi vai pedir a revogação da extradição do ex-diretor do Banco do Brasil
Por: Alessandra Mello
Publicado em: 05/05/2015 09:41 Atualizado em: 05/05/2015 13:59
O ex-diretor de Marketing do BB fugiu do Brasil e foi preso na Itália. Foto: Google/Reprodução |
Giovanardi, que esteve com Pizzolato na prisão de Sant’Anna di Modena, no norte da Itália, onde o ex-diretor do BB está detido desde fevereiro, disse que pedirá ao Ministério da Justiça local que reveja a decisão de mandar o detento de volta para o Brasil ainda este mês. Em nota publicada em sua página na internet, logo após o encontro com Pizzolato, o senador italiano destacou ainda que, na Penitenciária da Papuda, em Brasília, onde o brasileiro deve cumprir a sentença, foram registrados, em 2013, “dois suicídios, 14 homicídios, 30 mortes, 147 feridos e 109 lesões”.
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Pizzolato, que tem dupla cidadania (brasileira e italiana), foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, estelionato e lavagem de dinheiro no processo do mensalão, mas fugiu para a Itália em 2013. No ano passado, foi preso pela Interpol portando documentos falsos do seu irmão, Celso Pizzolato, morto em 1978.
“Encontrei Pizzolato bastante sereno na prisão, mas, obviamente, há uma preocupação sobre o que vai acontecer no futuro”, disse Giovanardi. Segundo ele, o julgamento do caso ocorreu de maneira “anormal”. “Os políticos condenados no Brasil já estão fora da prisão, enquanto os pequenos tiveram sentenças pesadas. Até mesmo os governantes brasileiros admitem que as prisões são insuportáveis.” A nota destaca ainda que, no processo em que Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não houve possibilidade de apelação.
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