Legislativo Comissão da Assembleia satisfeita com andamento das obras da transposição Deputados Miguel Coelho (PSB) e Rodrigo Novaes (PSD) estiveram no canteiro de obras do Eixo Leste para acompanhar andamento dos trabalhos. Conclusão deve ficar para 2016

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 29/05/2015 17:45 Atualizado em: 29/05/2015 19:24

Miguel Coelho (esq) preside a Comissão Especial que iniciou vistorias a obras do PAC (Divulgação)
Miguel Coelho (esq) preside a Comissão Especial que iniciou vistorias a obras do PAC
Dois dos cinco representantes da Comissão Especial de deputados responsável por vistoriar as intervenções do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado visitaram, na manhã desta sexta-feira (29), as obras da transposição do Rio São Francisco. Rodrigo Novaes (PSD) e Miguel Coelho (PSB) estiveram nos municípios de Ibimirim, Petrolândia e Floresta para acompanhar o andamento dos trabalhos no Eixo Leste, que abastecerá parte do Sertão e as regiões do Agreste de Pernambuco e da Paraíba, com 220 km aproximadamente. O socialista, que preside o grupo, se disse satisfeito com o que viu na primeira visita oficial da comissão.

Miguel e Rodrigo, ambos da base do governador Paulo Câmara (PSB), foram recebidos pelos coordenadores da obra e puderam ver de perto andamento do projeto que, quando pronto em todas as suas etapas, deverá levar água a mais de 390 municípios do Nordeste Setentrional. "As obras estão em pleno funcionamento. Pudemos ver que a Meta L1, que retira água do reservatório de Itaparica para o de Areias, em Floresta, está pronto e os testes indicaram que tudo está funcionando perfeitamente. Ela só não está operando por que o nível de Itaparica está baixo e faltam detalhes dos outros trechos", explicou Miguel Coelho.

O coordenador do Eixo Leste, Marcílio Lira de Araújo, apresentou um balanço da obra, destacando que nenhum lote está paralisado. "Os trechos que haviam sido interrompidos, no período crítico entre o final de 2011 e 2012, foram recontratados em 2013", assegurou. De acordo com o representante do Ministério da Integração Nacional, 72% das obras estão concluídas no Eixo Leste e 74,5% no total. O cronograma oficial, segundo Araújo, prevê a conclusão do projeto no segundo semestre de 2016. 

A meta L1 compreende a captação no reservatório de Itaparica até o reservatório de Areias, ambos em Floresta. É uma meta piloto para testes do sistema de operação. A Meta L1 apresenta 93,3% de conclusão. O Eixo Leste possui ainda as metas L2 e L3. A L2 se inicia na saída do reservatório de Areias, em Floresta, e segue até o reservatório de Barro Branco, em Custódia. A Meta L2 apresenta 76,4% de execução. As obras passam pelos municípios de Floresta, Custódia (PE) e Betânia. Já a meta L3 está situada entre o reservatório de Barro Branco, em Custódia, e o reservatório de Poções, em Monteiro (PB). A Meta L3 apresenta 37,7% de execução. As obras passam pelos municípios de Custódia, Sertânia e Monteiro (PB). As informações sobre andamento das obras são do Ministério da Integração Nacional.

Miguel Coelho também falou sobre a promessa de conclusão da obra dentro do último prazo estipulado pelo governo federal. "Pelo que vimos e pelo que nos foi passado aqui, a obra deverá ser mesmo concluída no segundo semestre do ano que vem. Ano passado foram liberados R$ 1,3 bilhão e, este ano, dos R$ 1,6 bi previstos, R$ 550 milhões já foram disponibilizados. Hoje temos 9,5 mil funcionários trabalhando aqui e, com tudo isso, acreditamos que o prazo será realmente cumprido", finalizou. Sobre a ausência dos dois deputados da oposição que compõem o grupo, Sílvio Costa Filho (PTB) e Teresa Leitão (PT), o socialista foi taxativo, mas negou qualquer tipo de problema na comissão. "Eles haviam confirmado, mas não vieram. Não sei o porquê".

Miguel e Rodrigo Novaes (azul) puderam ver de perto andamento do Eixo Leste em Floresta, Ibimirim e Petrolândia (Divulgação)
Miguel e Rodrigo Novaes (azul) puderam ver de perto andamento do Eixo Leste em Floresta, Ibimirim e Petrolândia
O deputado e líder da oposição, Silvio Costa Filho, encontra-se nos Estados Unidos em viagem particular e só deverá retornar na próxima semana. Já a deputada Teresa Leitão (PT) informou que não pode comparecer em razão de uma consulta médica marcada há tempos para tratar um problema de coluna. Apesar da ausência, a petista negou que haja problemas de relacionamento dentro da comissão. "A gente sabe que Aluísio Lessa (também integrante da comissão) tenta levar as coisas para o campo político. Para ele, todos os problemas são culpa de Dilma. É um caminho que ele adotou e leva isso para qualquer tema. Mas isso fica no embate político. Nós estamos realizando um trabalho muito bom, com tranquilidade. Tivemos uma reunião com o pessoal do governo do estado, que mostrou um retrato desse panorama, o que é responsabilidade da União, o que é responsabilidade do estado. Então, acredito que vamos conseguir cumprir o nosso papel", asseverou.

Na próxima terça-feira, uma nova reunião da comissão está marcada com a presença de várias secretarias do governo do estado. "Nesse encontro poderemos ter uma posição melhor de como está o Minha Casa, Minha Vida, as obras hídricas, entre várias outras. A partir de então, iremos organizar o cronograma para continuarmos a visitar as mais importantes, como a Transnordestina e as Adutoras do Agreste e do Pajeú", encerrou Miguel. Segundo o Ministério da Integração Nacional, a obra de transposição do Rio São Francisco está orçada em R$ 8,2 bilhões. O projeto prevê recursos de quase R$ 1 bilhão (quase 12% do total) para programas básicos ambientais, em conformidade com as condicionantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A obra beneficiará uma população estimada de 12 milhões de habitantes, em 390 municípios nos Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O Projeto de Integração do Rio São Francisco é a maior obra de infraestrutura hídrica do país e figura entre as 50 maiores construções de infraestrutura em execução no mundo. Ao todo, o empreendimento tem extensão de 477 km, organizados em dois Eixos de transferência de água - Norte e Leste. A obra engloba a construção de quatro túneis, 14 aquedutos, nove estações de bombeamento e 27 reservatórios. Em Pernambuco, há 3145 intervenções do PAC em andamento e apenas 816 foram concluídas.

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