Coluna Diario Político Cais José Estelita foi o "primeiro erro" no caminho da reeleição de Geraldo Julio Por Marisa Gibson

Publicado em: 06/05/2015 09:40 Atualizado em: 06/05/2015 11:58

Geraldo Julio deve disputar, novamente, o comando da Prefeitura do Recife nas eleições de 2016. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A. Press
Geraldo Julio deve disputar, novamente, o comando da Prefeitura do Recife nas eleições de 2016. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A. Press
Primeiro erro

Na segunda-feira, a votação na Câmara Municipal ainda nem tinha terminado e lideranças do PSB já avaliavam, pela reação nas redes sociais, o estrago que a aprovação do projeto da Prefeitura do Recife, envolvendo o Cais José Estelita poderia provocar na imagem de Geraldo Julio. Para essas lideranças, esse talvez tenha sido “o primeiro erro” do prefeito na sua caminhada para uma eventual reeleição  –  a estratégia do PSB era chegar em 2016 sem ruídos ao redor de Geraldo. No ano passado, o movimento “Ocupa Estelita”, contrário ao projeto Novo Recife, já havia provocado um desassossego  na Prefeitura do Recife, que ficou exposta numa agenda negativa para todo o país. Para acalmar os ânimos, foi preciso a promessa de que a proposta inicial seria alterada. Agora, com a aprovação do novo projeto urbanístico, quase a toque de caixa, a questão voltou a assanhar a fúria dos movimentos sociais e o prefeito pode pagar caro por algo que talvez nem fosse, fundamental, no momento, para o Recife nem para a sua gestão. “É possível que Geraldo tenha entrado numa bola dividida, gastando energia num projeto polêmico, ainda que requalifique um espaço privilegiado da cidade”, pondera um dos socialistas que se surpreendeu com a reação nas redes sociais e nas ruas. Em nota, a prefeitura destaca que o projeto encerra um processo amplo de debate com os diferentes segmentos da sociedade e para enfatizar que não houve precipitação faz uma linha do tempo enumerando todas as audiências e reuniões sobre a questão. Bem, em política, a linha do tempo também funciona assim: é melhor que aconteça tudo agora do que mais adiante, quando a eleição estiver mais perto.

Apoio do PDT

O governador Paulo Câmara tem 100% do apoio do PDT na Assembleia Legislativa. Os três deputados estaduais da legenda Guilherme Uchôa, Pedro Serafim Neto e Manoel Botafogo trabalham integrados à bancada governista.

Engolir seco

Para evitar que as divergências se tornem maiores que as convergências, a executiva nacional do PSB decidiu: haverá uma fusão com o PPS, o que será oficializado no dia 20 de junho. Até lá, quem não gostar vai ter que engolir seco e, se quiser, poder tirar o time de campo. O PPS está soltando fogos. Ao contrário da incorporação, com a fusão o partido desaparece com mais de dignidade.

Quem manda

"Enfim, os governadores do Nordeste vão se reunir com quem está governando o Brasil de fato. Espero que agora a Região receba algu ma coisa  positiva depois de tanto arrocho", afirma o deputado federal Betinho Gomes (PSDB), referindo-se ao encontro que os governantes terão com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nesta sexta-feira, em Natal.

Canto da sereia

O deputado estadual Odacy Amorim (PT) nega que vá voltar ao PSB para disputar a Prefeitura de Petrolina. Mas, se optar pelo retorno, ele pode ter o apoio do deputado estadual Miguel Coelho (PSB), filho do senador Fernando Bezerra Coelho, que integraria a chapa como vice.  

Dois pontos

O único município onde a cúpula do PMDB - Jarbas Vasconcelos e Raul Henry - vai bater pé é Olinda. Lá, o deputado estadual Ricardo Costa (PMDB) já é visto como candidato do partido a prefeito em 2016 e teria sido por ele que Jarbas rosnou com uma eventual candidatura a prefeito do Recife, para conter o ímpeto do PSB em Olinda, onde o advogado Antonio Campos, irmão de Eduardo, também desfila como candidato.

MAIS NOTÍCIAS DO CANAL