115º Aniversário da Imigração Japonesa
Hiroaki Sano
Cônsul Geral do Japão no Recife
Publicado em: 19/06/2023 03:00 Atualizado em: 18/06/2023 21:49
Sabem os leitores que neste ano marca-se o 115º Aniversário da Imigração Japonesa no Brasil?
O navio Kasato Maru, tendo a bordo os sonhos de 781 japoneses, ancorou em Santos, em 18 de junho de 1908. É a data de início da imigração oficial dos japoneses ao Brasil. Cerca de 260 mil japoneses chegaram nesse processo migratório e, hoje, os nikkeis (descendentes nipo-brasileiros) são em aproximadamente dois milhões no Brasil.
Em 1918, o japonês Asanosuke Gemba e família chegaram em Pernambuco. Considerados os primeiros imigrantes do estado ou ainda de todo o Nordeste, os mais antigos devem lembrar-se dos Gemba em razão da famosa sorveteria fundada pelo seu filho, o senhor Heiji Gemba, no Centro do Recife. Pelo pioneirismo do empreendimento, uma rua de Boa Viagem recebeu o seu nome. Me sinto muito feliz em estar aqui vivenciando e percebendo o quão os pernambucanos são afáveis para com os japoneses e nikkeis.
Em Pernambuco, em 1958, foi implantada uma colônia agrícola no município de Bonito, onde os japoneses desbravaram a terra e desenvolveram o cultivo de hortaliças e flores. Introduziram e popularizaram variedades de culturas que passaram a abastecer as mesas das famílias pernambucanas, como o inhame, atualmente um alimento muito importante. Já na década de 70, os nikkeis migraram de outras regiões brasileiras para Petrolina e adjacências atraídos pela construção da infraestrutura de irrigação agrícola.
Em Pernambuco, vivem cerca de 30 mil nikkeis e 230 mil no Nordeste. Atuam numa ampla gama da economia, além da agricultura, incluindo o comércio, os meios acadêmicos/ensinos e área médica. Afora o exercício de suas profissões, os nikkeis se orgulham em promover, apoiar e realizar eventos como a “Feira Japonesa do Recife” - anualmente, em novembro - que atrai dezenas de milhares de apreciadores da cultura tradicional e moderna como o cosplay. A Associação Cultural Japonesa do Recife também realiza outros festivais como o Bon Odori (Festival de dança japonesa), anualmente, em sua sede próximo do TIP.
Recentemente, os imigrantes e nikkeis receberam a honrosa inciativa da Assembleia Legislativa de Pernambuco, que instituiu o dia 18 de junho como Dia Estadual do Imigrante Japonês e Seus Descendentes.
A história da imigração japonesa no Brasil consistiu de uma vigorosa e rica integração cultural e social, resultado do caloroso acolhimento, com isso brasileiros e japoneses souberam bem absorver as tradições, um do outro, gerando dessa interação, valores importantes para o desenvolvimento econômico do país. Portanto, no dia 18 de junho, comemoramos não só a imigração japonesa, comemoramos, sobretudo, o afeto e o respeito nutridos pelos dois povos, assegurando, assim, um futuro ainda mais glorioso e brilhante nessas relações entre Brasil e Japão.
O navio Kasato Maru, tendo a bordo os sonhos de 781 japoneses, ancorou em Santos, em 18 de junho de 1908. É a data de início da imigração oficial dos japoneses ao Brasil. Cerca de 260 mil japoneses chegaram nesse processo migratório e, hoje, os nikkeis (descendentes nipo-brasileiros) são em aproximadamente dois milhões no Brasil.
Em 1918, o japonês Asanosuke Gemba e família chegaram em Pernambuco. Considerados os primeiros imigrantes do estado ou ainda de todo o Nordeste, os mais antigos devem lembrar-se dos Gemba em razão da famosa sorveteria fundada pelo seu filho, o senhor Heiji Gemba, no Centro do Recife. Pelo pioneirismo do empreendimento, uma rua de Boa Viagem recebeu o seu nome. Me sinto muito feliz em estar aqui vivenciando e percebendo o quão os pernambucanos são afáveis para com os japoneses e nikkeis.
Em Pernambuco, em 1958, foi implantada uma colônia agrícola no município de Bonito, onde os japoneses desbravaram a terra e desenvolveram o cultivo de hortaliças e flores. Introduziram e popularizaram variedades de culturas que passaram a abastecer as mesas das famílias pernambucanas, como o inhame, atualmente um alimento muito importante. Já na década de 70, os nikkeis migraram de outras regiões brasileiras para Petrolina e adjacências atraídos pela construção da infraestrutura de irrigação agrícola.
Em Pernambuco, vivem cerca de 30 mil nikkeis e 230 mil no Nordeste. Atuam numa ampla gama da economia, além da agricultura, incluindo o comércio, os meios acadêmicos/ensinos e área médica. Afora o exercício de suas profissões, os nikkeis se orgulham em promover, apoiar e realizar eventos como a “Feira Japonesa do Recife” - anualmente, em novembro - que atrai dezenas de milhares de apreciadores da cultura tradicional e moderna como o cosplay. A Associação Cultural Japonesa do Recife também realiza outros festivais como o Bon Odori (Festival de dança japonesa), anualmente, em sua sede próximo do TIP.
Recentemente, os imigrantes e nikkeis receberam a honrosa inciativa da Assembleia Legislativa de Pernambuco, que instituiu o dia 18 de junho como Dia Estadual do Imigrante Japonês e Seus Descendentes.
A história da imigração japonesa no Brasil consistiu de uma vigorosa e rica integração cultural e social, resultado do caloroso acolhimento, com isso brasileiros e japoneses souberam bem absorver as tradições, um do outro, gerando dessa interação, valores importantes para o desenvolvimento econômico do país. Portanto, no dia 18 de junho, comemoramos não só a imigração japonesa, comemoramos, sobretudo, o afeto e o respeito nutridos pelos dois povos, assegurando, assim, um futuro ainda mais glorioso e brilhante nessas relações entre Brasil e Japão.
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