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Restaurantes que marcaram época no Recife

João Alberto
Jornalista

Publicado em: 25/07/2020 03:00 Atualizado em: 25/07/2020 05:24

O Recife sempre se destacou como um dos grandes polos gastronômicos do país, não só pela presença de grandes chefs (antes conhecidos apenas como cozinheiros) como por restaurantes ícones. Muitos desapareceram. Vou relembrar alguns deles.

Grande Hotel: Foi durante muitos anos o grande restaurante do Centro da cidade, no primeiro andar do hotel, na época o mais importante da cidade. Era o local preferido pelos principais empresários e políticos, cheio todos os dias da semana.

Rubayart: Foi o restaurante da moda por muitos anos. Nada com a famosa churrascaria de São Paulo, mas operado pelo Mar Hotel, que era um hotel pequeno, antes da construção do atual. O restaurantes e os apartamentos da antiga unidade foram demolidos para dar lugar ao estacionamento do novo hotel.

Rodeio: Foi o primeiro restaurante que Julião Konrad teve quando se mudou para o Recife. Ficava na Avenida Boa Viagem, com ele à frente da churrasqueira e Marlene, no caixa. Foi um enorme sucesso, até ser comprada por um grupo do Sul.

Spettus do Derby: Na venda do Rodeio, Julião Konrad assinou uma cláusula que obrigava a ficar fora do mercado por dois anos, quando ele abriu restaurantes em Maceió e Brasília. Terminado o prazo, abriu, em 1985,  o Spettus do Derby, que funcionou por quase 40 anos até ser vendido para o grupo Coco Banbu. Trouxe uma novidade, que deixou muita gente confusa: a torneiras eletrônicas, tão comuns hoje em dia.

Marruá: Foi a primeira churrascaria de luxo da cidade, implantada pelo Grupo Monte, que importou  uma grande equipe do famoso restaurante de São Paulo, à frente o gerente Maluf. Ficava no Centro de Convenções. Depois, mudou-se para a Ernesto de Paula Santos, onde fez sucesso por muitos anos. Ganhou um terceiro endereço, no antigo Hotel Miramar, mas já em clima de decadência.

Roof Garden: Ficava na cobertura do Mar Hotel, com dois andares e um ambiente de muito luxo, com direito até a elevador exclusivo. E tinha como um dos destaques as sobremesas flambadas, servidas no salão.

Gávea: Primeiro hotel cinco estrelas da cidade, o Miramar tinha um restaurante que era o de maior sucesso na cidade. Chama-se Gávea, mas todo mundo conhecia como restaurante do Miramar. Nele se destacou o maitre Michel, que depois abriu sua própria casa, na Domingos Ferreira, que tinha como destaque aquário com lagostas, que os clientes escolhiam antes de consumi-la, uma novidade que fez sucesso.

Navegador: Ficava numa transversal da Avenida Boa Viagem, num casarão antigo, de puro charme, com uma refinada gastronomia francesa.

Galo de Ouro: Na época em que os shoppings center não existiam, o Centro da cidade fervilhava e entre seus destaques, estava o restaurante Galo de Ouro, na Câmboa do Carmo, com gastronomia portuguesa. Depois foi para a Ilha do Leite, no local onde hoje funciona o Skillus. Outros restaurante da Câmboa do Carmo que fez sucesso foi o Cassimiro.

Lobster: Como o nome já dizia, era especializado em vários pratos de lagosta. Primeiro endereço foi na Avenida Boa Viagem, depois foi para a Rui Barbosa. Num casarão em frente à Academia Pernambucana de Letras.

Porcão: Filial de uma rede carioca, ficava na Avenida Domingos Ferreira e, por muitos anos, foi o restaurante de maior sucesso na cidade, com seu esquema de rodízio de carnes sofisticadas.

Otília: Começou numa palafita dentro do Rio Capibaribe, na Rua da Aurora, com um cardápio caseiro que era uma delícia, a começar a galinha de cabidela insuperável. Depois, mudou-se para um casarão bem em frente, onde funcionou por muitos anos, sempre cheio, com o mesmo cardápio e a insuperável cabidela.

Fiepe: A Federação das Indústrias de Pernambuco teve dois restaurantes de sucesso. O primeiro no Edifício Limoeiro, no Centro da cidade; o segundo na Casa da Indústria, em Santo Amaro. Os dois fizeram sucesso e conseguiam reunir os nomes de maior destaque no nosso mundo empresarial com gastronomia sofisticada.

Palhoça do Melo: Tinha um galeto coberto com queijo que disputava com o ainda funcionando Alvoreada, o título de melhor galeto com queijo da cidade. Ficava na Rua Joaquim Nabuco e estava sempre cheio.

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