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GUERRA

Ucrânia e Rússia trocam acusações sobre ataque à estação de gás em Kursk

Ambos os lados do conflito concordaram e aceitaram o acordo para a suspensão dos ataques a infraestruturas energéticas

Publicado em: 21/03/2025 14:42

Combinação de fotos de arquivo mostra o presidente russo Vladimir Putin e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky (Fotos: Mikhail METZEL e Sergei SUPINSKY/various sources/AFP)
Combinação de fotos de arquivo mostra o presidente russo Vladimir Putin e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky (Fotos: Mikhail METZEL e Sergei SUPINSKY/various sources/AFP)
A Rússia e a Ucrânia se acusam mutuamente de atacar a principal estação de medição de gás em Soudja, na região de Kursk, ocupada em parte pelas forças ucranianas. Os militares russos também já avançaram bastante na localidade, na tentativa de expulsar as tropas ucranianas do seu território.

Moscou afirma que Kiev explodiu a instalação num ato de terrorismo, que, por sua vez rejeitou qualquer envolvimento, acusando a Rússia de bombardear o local em sinal de "provocação".

A Ucrânia negou qualquer envolvimento e denunciou de imediato uma campanha de descrédito russa, acusando o inimigo de bombardear o local num sinal de provocação.

"Essas acusações são infundadas. Na verdade, a estação foi repetidamente bombardeada pelos próprios russos. Foram as forças russas que dispararam projéteis de artilharia contra a instalação durante a noite”, disse o Exército ucraniano.

Enquanto isso, o Ministério russo da Defesa declarou que a explosão da importante instalação energética russa por unidades do exército ucraniano em retirada da região de Kursk é uma provocação deliberada do regime de Kiev. "Isto deve ser visto como parte de uma série de ataques recentes contra a infraestrutura energética da Rússia, com o objetivo de desacreditar as iniciativas de paz do presidente dos Estados Unidos", acrescentou a pasta ministerial da Defesa.

O Kremlin ainda assegurou que a ordem do presidente Vladimir Putin para suspender temporariamente os ataques a infraestruturas energéticas ucranianas continua em vigor.

Ambos os lados do conflito concordaram e aceitaram o acordo para a suspensão dos ataques às infraestruturas energéticas, com a mediação dos Estados Unidos. Entretanto, as ofensivas entre as duas partes contra esses locais continuaram nos últimos dias.

Já o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apelou hoje aos aliados, incluindo os EUA, para que aumentem a pressão sobre Moscou apos uma noite marcada por intensos e massivos ataques contra o país. Mais de 200 drones russos lançaram bombas em várias cidades ucranianas. Em Odessa, no Mar Negro, foi à região com uma das maiores ofensivas da Rússia com drones. As autoridades ucranianas relataram três feridos e vários incêndios, no dia em que o presidente checo visitava a cidade.

"É a pressão conjunta sobre a Rússia, acompanhada de sanções mais duras e de um maior apoio de defesa ao nosso país, que abrirá caminho para o fim deste tipo de terror e para o fim do prolongamento da guerra pela Rússia", pediu Zelensky.

A Casa Branca pressiona por um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia. 
As delegações ucranianas, norte-americanas e russas deverão se reunir na Arábia Saudita separadamente, na próxima segunda-feira, para discutir os detalhes sobre um acordo de cessar-fogo mais abrangente. Zelensky disse estar otimista para esta nova rodada de negociações sobre a paz.
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