ESTADOS UNIDOS
JD Vance muda agenda na ida à Groenlândia
O vice-presidente dos Estados Unidos se limitará a ir à base militar norte-americana na ilha do ÁrticoPublicado em: 26/03/2025 15:19
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Vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance (foto: Jim Watson/AFP) |
O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, disse que considera positiva a mudança da agenda na ida do vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, à Groenlândia, que se limitará a ir na sexta-feira acompanhado da sua mulher a base militar norte-americana na ilha do Ártico.
"Penso que é muito positivo o fato dos norte-americanos terem cancelado a visita a Nuuk. Em vez disso, vão visitar a base militar, em Pituffik, e não temos nada contra isso", declarou Rasmussen.
A visita de JD Vance à Groenlândia acontece num momento em que o presidente dos EUA, Donald Trump, reiterou as intenções expansionistas no território autônomo dinamarquês. Mas, agora na agenda da deslocação já não consta a visita à cidade de Nuuk, capital da Groenlândia, onde inicialmente estava previsto que a mulher do vice-presidente dos EUA, Usha Vance, fosse assistir a conhecida corrida de trenós puxados por cães. Além da presença também da delegação norte-americana, o que causou polêmica com as autoridades dinamarquesas e locais.
Vance afirmou na terça-feira à noite que a administração de Donald Trump quer revitalizar a segurança da Groenlândia porque é importante para garantir a segurança de todo o mundo.
No entanto, Trump insistiu mais uma vez hoje, durante uma entrevista, que os EUA precisam controlar a região autônoma por razões de segurança nacional, sendo necessário convencer as pessoas da ilha a se tornarem cidadãos norte-americanos.
O chefe do governo autônomo da Groenlândia, Mute Egede, havia acusado de interferência estrangeira a visita programada para a próxima quinta-feira da delegação norte-americana ao território, que incluía o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz, o secretário da Energia Chris Wright e segunda dama Usha Vance, sem terem sido formalmente convidados. “A nossa integridade e a nossa democracia devem ser respeitadas sem qualquer interferência externa”, disse Egede.
A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, ainda indicou que a visita inicialmente prevista significava uma pressão inaceitável e fez referência até a dois aviões militares norte-americanos com carros de segurança a bordo que já tinham chegado a Nuuk na segunda-feira.
Os líderes políticos da Groenlândia também foram muito críticos em relação à visita prevista para essa semana da delegação dos EUA sem convite oficial por parte das autoridades de Nuuk ou Copenhagen assim como a ameaça de Trump de anexar o território.