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Israel quer a morte do novo líder do Hamas
O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, defendeu que Yahya Sinwar seja eliminado rapidamente
Por: Isabel Alvarez
Publicado em: 07/08/2024 15:17 | Atualizado em: 07/08/2024 17:12
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| Yahya Sinwar, novo líder do Hamas (Foto: Mohammed Abed/AFP) |
O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, defendeu que o novo líder do Hamas, Yahya Sinwar, seja eliminado rapidamente. "A nomeação do arquiterrorista Yahya Sinwar como líder do Hamas, em substituição de Ismail Haniyeh, é mais uma razão para eliminá-lo rapidamente e riscar esta organização desprezível do mapa", disse o chanceler israelense.
O chefe do Estado-Maior do Exército de Israel, Herzi Halevi, também prometeu hoje localizar Sinwar e eliminá-lo. “Vamos intensificar os nossos esforços para encontrá-lo, atacá-lo e assegurar que eles terão mais uma vez de substituir o líder do gabinete político” disse Halevi.
Sinwar foi nomeado o novo líder político do grupo e é o dirigente do Hamas na Faixa de Gaza há sete anos. O exército e as autoridades israelenses acusam Sinwar de ser um dos mentores do ataque sem precedentes do Hamas no dia 7 de outubro, o que faz dele um dos homens mais procurados por Israel.
Segundo também divulgado hoje pelo jornal The Washington Post, após a nomeação de Sinwar, Israel assumiu para o governo norte-americano a autoria do ataque que matou Ismail Haniyeh, o antigo líder do Hamas. Tel Aviv, no entanto, não reconheceu publicamente o atentado, que aconteceu semana passada em Teerã.
De acordo com as fontes do Washington Post, a Casa Banca recebeu a informação com surpresa e indignação, que causou mesmo um atrito entre os dois países, uma vez que a administração de Joe Biden busca nos últimos meses alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza e o incidente dificultou as negociações.
Quem é Sinwar
Yahya Sinwar, de 61 anos, nasceu em um campo de refugiados na cidade de Khan Younis, no sul de Gaza. Eleito líder do Hamas na Faixa de Gaza em 2017, ainda exerceu a direção do serviço de segurança Al-Majd, que ordenou matar e punir palestinos acusados de colaborar com os serviços secretos de Israel. É considerado o líder mais poderoso do Hamas ainda vivo.
Ele foi condenado a quatro prisões perpétuas por Israel e esteve durante 23 anos em uma prisão israelense. Conseguiu ser libertado em 2011, juntamente com milhares de prisioneiros libertados por Israel em troca do soldado Gilad Shalit, mantido refém pelo Hamas durante cinco anos. Sinwar também está na lista dos EUA de terroristas internacionais e tem sido alvo de várias tentativas de assassinato.
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