INGLATERRA
Enfermeira condenada à prisão perpétua por assassinatos de sete bebês
Um tribunal britânico condenou a enfermeira considerada culpada pelos assassinatos de sete recém nascidos
Publicado em: 21/08/2023 10:36 | Atualizado em: 21/08/2023 11:07
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Reprodução/ CNN |
Um tribunal britânico condenou, nesta segunda-feira (21), à prisão perpétua a enfermeira considerada culpada pelos assassinatos de sete recém-nascidos e outras tentativas de homicídio, um caso que provocou grande comoção no Reino Unido.
Lucy Letby, 33 anos, foi condenada à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, uma pena incomum na legislação inglesa.
''Atuou de maneira completamente contrária aos instintos humanos normais, que são cuidar dos bebês, e em violação flagrante da confiança que todos os cidadãos depositam nos profissionais da saúde'', declarou o juiz do tribunal de Manchester (norte), James Goss.
Devido à ''gravidade excepcional'' dos crimes, ''passará o restante de seus dias na prisão'', afirma na sentença. A leitura da sentença foi transmitida ao vivo na televisão.
Na sexta-feira, o tribunal já havia declarado Letby culpada pelos assassinatos de sete recém-nascidos prematuros e de seis tentativas de homicídio no hospital em que trabalhava.
A mulher, descrita pela acusação como ''fria, calculista, cruel e tenaz'', se negou a comparecer à audiência e alegou inocência durante o longo julgamento, que começou em outubro de 2022.
''É covarde que aqueles que cometem crimes tão horrendos não se apresentem diante de suas vítimas'', afirmou o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.
Letby trabalhava na Unidade de Terapia Intensiva do hospital Countess of Chester, noroeste da Inglaterra, onde aconteceram os assassinatos, entre junho de 2015 e junho de 2016.
A enfermeira foi acusada de injetar ar nos bebês por via intravenosa e com sondas nasogástricas, além de administrar doses excessivas de leite às vítimas.
''Destruiu nossas vidas''
Durante o processo, uma mãe explicou que, ao comparecer à UTI para levar leite para um de seus gêmeos prematuros em agosto de 2015, o ouviu gritar e percebeu que o bebê tinha sangue ao redor da boca. Letby a tranquilizou e recomendou que retornasse para o quarto.
De acordo com a acusação, a enfermeira acabara de introduzir um utensílio médico até o fundo da garganta do bebê. Também havia injetado ar. A criança morreu poucas horas depois.
Letby atacava bebês depois que os pais saíam, quando a enfermeira-chefe estava ausente ou durante a noite, quando ela ficava sozinha.
Em algumas ocasiões, ela participava nos esforços coletivos para salvar os recém-nascidos e, inclusive, apoiava os pais desesperados. Também escrevia cartas aos pais em luto.
"Você pensou que era seu direito brincar de Deus com a vida dos nossos filhos", declarou no tribunal a mãe dos gêmeos que foram atacados em junho de 2015. O menino morreu e sua irmã sobreviveu ao ataque.
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