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Nova York terá navio hospital para lidar com coronavírus

Por: AFP

Publicado em: 18/03/2020 13:59

 (Foto: Angela Weiss / AFP)
Foto: Angela Weiss / AFP
O governo americano enviará imediatamente a Nova York, o estado com mais casos de coronavírus, um navio hospital para lidar com a pandemia, anunciou nesta quarta-feira (18) o governador do estado, Andrew Cuomo.

O navio "é o USNS Comfort, com mil leitos, salas de operações", disse Cuomo em entrevista coletiva.

"Ficará no porto da cidade de Nova York. Essa é uma medida extraordinária. É literalmente um hospital flutuante, que aumentará a capacidade" dos leitos hospitalares, acrescentou.

Cuomo informou que os cinco distritos da cidade de Nova York têm mais de 1.330 casos, centenas a mais que a última atualização.

O estado de Nova York tem o maior número de casos de coronavírus no país, 2.300, seguido pelos estados de Washington e Califórnia. O último balanço de mortos é de 20 no estado de Nova York.

O governador democrata contou que conversou com o presidente republicano Donald Trump na terça-feira e que ambos deixaram sua inimizade de lado para lidar com a pandemia.

"Estamos travando a mesma guerra e esta é a mesma trincheira", declarou Cuomo sobre a pandemia que infectou mais de 200.000 pessoas em todo o mundo e já matou mais de 8.000, de acordo com um balanço da AFP com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos governos nacionais.

Trump "está totalmente comprometido em tentar ajudar Nova York. Ele está sendo muito criativo e muito enérgico", disse Cuomo em um raro elogio ao presidente, inicialmente criticado por minimizar a pandemia.

O governador considerou que "isso é uma crise de saúde pública", mas, por enquanto, descartou a implementação de uma quarentena obrigatória no estado.

Seria impossível aplicar essa medida apenas na cidade de Nova York, explicou. Teria que ser expandido para todo o estado e proibir as pessoas de se locomoverem de um município para outro.

Mas apenas 50% dos funcionários de uma empresa estatal poderão trabalhar no local, a menos que seja um serviço essencial, como um hospital ou supermercado, e o restante deverá trabalhar de casa, disse ele.
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