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Juiz ordena libertação de estudante palestino detido nos EUA

Mohsen Mahdawi, alvo de uma ordem de deportação, mostrou-se desafiante às portas de um tribunal no estado de Vermont, no nordeste do país.
Por: AFP

Publicado em: 30/04/2025 17:19 | Atualizado em: 30/04/2025 17:30

 (Reprodução/CBS)
Reprodução/CBS

 

Um juiz federal determinou, nesta quarta-feira (30), que as autoridades migratórias americanas libertem um estudante palestino detido quando se apresentou a uma entrevista para seu processo de naturalização por participar dos protestos contra a guerra em Gaza na Universidade de Columbia.

Mohsen Mahdawi, alvo de uma ordem de deportação, mostrou-se desafiante às portas de um tribunal no estado de Vermont, no nordeste do país.

"Não tenho medo de você", disse, dirigindo-se ao presidente americano, Donald Trump, cujo governo lançou uma ofensiva contra os imigrantes, entre eles os estudantes pró-palestinos.

Mahdawi foi detido em 14 de abril, quando se apresentou a uma entrevista para obter a nacionalidade americana, informaram seus advogados.

Este palestino, nascido na Cisjordânia ocupada por Israel, se formaria no próximo mês e tinha previsto cursar um mestrado em Columbia ainda este ano, segundo a ação judicial.

Ele é cofundador do movimento de estudantes palestinos na Universidade de Columbia, juntamente com Mahmoud Khalil, a quem Trump também tentou expulsar desde sua detenção, em março.

"O que fizeram comigo? Me prenderam. Por qual motivo? Porque levantei a voz e disse não à guerra, sim à paz", disse Mahdawi nesta quarta-feira.

Um juiz tinha ordenado anteriormente que Mahdawi permanecesse no estado de Vermont, depois que as autoridades migratórias transferiram rapidamente outros estudantes detidos para outras jurisdições para evitar a justiça ou buscar estados mais favoráveis às políticas antimigratórias de Trump.

Além de impugnar sua expulsão, Mahdawi acusou o governo Trump de violar a Constituição americana com a perseguição dos ativistas estudantis.

Trump trava uma guerra contra as universidades americanas pelos protestos do ano passado, que pediam o fim da guerra de Israel em Gaza, que reduziu o território palestino a escombros e deixou mais de 52 mil mortos.

O magnata republicano e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, acusam os manifestantes de apoiarem o grupo islamista palestino Hamas, cujo ataque contra Israel, em 7 de outubro de 2023, desencadeou a guerra.

O governo Trump também afirma que as universidades não agiram contra o antissemitismo nos campi.

 

 

 

Tags: libertação | palestino | juiz | eua |

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