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De igreja a prostíbulo, Alemanha define restrições para evitar expansão do coronavírus

Por: FolhaPress

Publicado em: 16/03/2020 16:26

Uma lista foi divulgada pelo governo federal e traz indicações que incluem desde encontros em igrejas, sinagogas e mesquitas até o funcionamento de prostíbulos e bordéis (Foto: ANOEK DE GROOT / AFP)
Uma lista foi divulgada pelo governo federal e traz indicações que incluem desde encontros em igrejas, sinagogas e mesquitas até o funcionamento de prostíbulos e bordéis (Foto: ANOEK DE GROOT / AFP)
Diante da contaminação crescente do coronavírus, o governo federal e os governos estaduais da Alemanha país fecharam um acordo nesta segunda-feira (16) para estabelecer uma uniformidade nas restrições de relações sociais em todo o país.

Uma lista foi divulgada pelo governo federal e traz indicações que incluem desde encontros em igrejas, sinagogas e mesquitas até o funcionamento de prostíbulos e bordéis.

Segundo o texto, deverão ficar abertos supermercados, farmácias, bancos, correios, cabeleireiros, lojas que vendem jornais, petshops e atacadistas. Tais segmentos, que possuem restrições quanto ao funcionamento aos domingos, poderão operar em qualquer dia da semana até segunda ordem, sempre respeitando as questões de higiene e evitando aglomerações e filas.

Outros segmentos terão regras específicas para acesso. É o caso, por exemplo, de visitas em hospitais, asilos e centros de reabilitações, com limitações de horas por dia e de pessoas (por exemplo, proibição para jovens com menos de 16 anos e pessoas com problemas respiratórios).

Nessa mesma parte do texto, escolas e universidades que não tiverem tido suas atividades suspensas só poderão receber visitas de pessoas que não tenham viajado para áreas de risco em relação à exposição da doença -seja viagens no exterior ou na Alemanha.

Em caso de restaurantes, lanchonetes e hotéis, foram criados regras para minimizar o risco da propagação, como distanciamento entre mesas, número máximo de visitantes e reforço a questões de higiene.

Há ainda limitação quanto à promoções e preços especiais para acomodações de pernoite dentro do país. Isso só deve ser permitido caso seja realmente necessário, e não para fins turísticos.

A vida do turista na Alemanha não vai ser fácil nas próximas semanas: bares, discotecas, teatros, óperas, museus, cinemas, cassinos, academias, piscinas públicas, outlets e até mesmo bordéis e prostíbulos (a atividade é legalizada no país) deverão ser fechados para o público em geral.

Fora isso, ainda poderá ser proibido o funcionamento de clubes esportivos, escolas de música, sistemas de ensino públicos e privados, viagens de ônibus e encontros em igrejas, sinagogas e mesquitas.

Em Berlim, os museus foram fechando gradativamente desde a última semana. A ilha dos museus, onde está localizado o famoso Museu Pergamon, assim como o museu da DDR (Alemanha Oriental) e o Museu dos Judeus interromperam as visitações no último sábado (14).

A torre de televisão, onde há uma vista panorâmica de toda a cidade, suspendeu suas atividades nesta segunda-feira. Quase todos os estabelecimentos colocaram em seus avisos que o retorno deve ocorrer após a Páscoa entre 19 e 20 de abril.

Na vizinha Holanda, o mais bem organizado mercado de sexo do mundo, o Distrito da Luz Vermelha, decidiu no domingo (15) fechar suas portas.

As casas de prostituição já vinham registrando queda no número de interessados com o crescimento dos casos de contágio no país, mas a atividade continuava permitida pelo governo, desde que nem profissional nem cliente apresentassem sintomas.

A partir de hoje, porém, bares, restaurantes, academias de ginástica e bordeis terão que ficar fechados até pelo menos 6 de abril.

A restrição alcançou também os coffee shops (locais onde é possível comprar maconha), visitados por cerca de 1,5 milhão de turistas por ano.
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