![Em meio à alta no preço dos alimentos, Lula busca saídas para frear queda na popularidade (Crédito: Evaristo Sa / AFP) Em meio à alta no preço dos alimentos, Lula busca saídas para frear queda na popularidade (Crédito: Evaristo Sa / AFP)]() |
Em meio à alta no preço dos alimentos, Lula busca saídas para frear queda na popularidade (Crédito: Evaristo Sa / AFP) |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou nesta sexta-feira (28/2) uma reunião para discutir a alta no preço dos alimentos, no Palácio do Planalto. O encontro tratou de medidas como o Plano Safra, incentivo anual para pequenos e grandes agricultores.
Estiveram presentes o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, bem como os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, além do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.
O encontro não estava na agenda oficial, mas foi confirmado pela Secretaria de Comunicação Social (Secom). A alta no preço dos alimentos preocupa o governo, especialmente pelo impacto na popularidade de Lula.
Sem consenso
A discussão ocorre desde o começo do ano, mas o petista ainda não anunciou nenhuma medida concreta. Até o momento, o único anúncio foi o da redução do imposto de importação dos alimentos que estiverem mais baratos no exterior do que no mercado nacional.
Durante a semana, Fávaro se reuniu com representantes de setores do agronegócio, como os de açúcar, etanol, biodiesel e carnes. O ministro é contrário a medidas heterodoxas, como a restrição da exportação de alimentos para favorecer o mercado interno.
Publicamente, o governo nega que fará intervenções do tipo. As medidas também são malvistas pela equipe econômica. Ainda não há consenso, porém, sobre como lidar com a inflação dos alimentos. Há expectativa que uma safra recorde neste ano possa mitigar a situação.
Frutas, café e carnes estão entre os produtos que mais aumentaram de preço nos últimos meses. Pesquisa Genial/Quaest divulgada na terça-feira (25) mostrou que mais de 90% das famílias brasileiras notaram o aumento do preço nas contas de casa.
O estudo foi feito em oito estados: Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia.