Concorrência Inovação tecnológica amplia leque de serviços financeiros Usando a tecnologia para oferecer alternativas aos produtos dos bancos tradicionais, startups aumentam a competição no mercado e facilitam a vida do consumidor

Por: Barbara Cabral - Correio Braziliense

Por: Rodolfo Costa - Correio Braziliense

Publicado em: 19/02/2017 10:38 Atualizado em:

Foi-se o tempo em que os bancos reinavam sozinhos na área de serviços financeiros. A revolução tecnológica está promovendo  uma abertura nesse meio, com a chegada de uma gama de novas empresas e maior concorrência. Isso é extremamente positivo para o consumidor. O estudante Luiz Augusto Oliveira, 25 anos, que o diga. “Uso o banco só para receber salário. Nada além disso”, afirma. Nem o pagamento de contas básicas ele faz em terminais eletrônicos. “Pago nas casas lotéricas e ainda aproveito para fazer o jogo”, conta. Para Oliveira, a tecnologia trouxe mais comodidade e segurança.

Uma das ferramentas que o estudante mais utiliza é o Nubank, cartão de crédito emitido pela empresa de mesmo nome. Com a praticidade de acompanhar todos os pagamentos por um aplicativo no smartphone e ter a facilidade de alterar o limite, bloquear o cartão em caso de roubo ou furto e cancelar uma compra, ele não vê mais necessidade de usar cartões de crédito dos bancos tradicionais. Isso sem contar que não há cobrança de anuidade. “Para mim, foi um dos principais diferenciais”, justifica.

A proliferação das chamadas fintechs —  startups de serviços financeiros — tem quebrado paradigmas, facilitado a vida do consumidor e obrigado os bancos a sair da acomodação. Exemplo disso foi a criação do Digio, cartão de crédito controlado pelo Banco do Brasil e pelo Bradesco, criado para competir com o Nubank.

A Lendico, plataforma online de empréstimo pessoal parceira do banco BMG, ampliou a oferta de créditos de R$ 35 mil para R$ 50 mil, com juros mensais de 3,52% e prazo de até 30 meses. “O crescimento do mercado de fintechs é positivo. Estamos preenchendo um gap em que os grandes bancos nunca quiseram atuar, mas que interessa a instituições médias e a outros investidores”, diz o presidente da empresa, Marcelo Ciampolini.

A avaliação é partilhada por Sérgio Furio, presidente e fundador da Creditas, fintech que atua como correspondente bancário oferecendo empréstimo com garantia de imóveis ou veículos cobrando juros a partir de 1,15% ao mês. “Passamos por um momento muito saudável, trazendo competição para um mercado historicamente concentrado em poucos bancos de varejo”, afirma.

Custo menor
A internet e os avanços da tecnologia também foram benéficos para as cooperativas de crédito. Com maior facilidade para cadastro e busca de informações, elas têm atraído novos cooperados, como o assistente administrativo Paulo Vinícius Santos, 30 anos. “As taxas são as menores do mercado, e posso fazer transações pela internet. As cooperativas estão batendo de frente com os bancos por oferecerem os mesmos serviços que os tradicionais, mas a um custo menor”, diz Santos.

MAIS NOTÍCIAS DO CANAL