Moradia Samarco atrasa pagamento de aluguéis das vítimas de tragédia de Mariana Atrasos começaram no fim do ano passado quando venceram os contratos com os proprietários dos imóveis

Por: Estado de Minas

Publicado em: 22/03/2017 16:52 Atualizado em: 22/03/2017 17:06

Tragédia em Mariana deixou 19 pessoas mortas em novembro de 2015. Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Tragédia em Mariana deixou 19 pessoas mortas em novembro de 2015. Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

Vítimas do rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, ainda sofrem com as consequências da tragédia. Problemas nos contratos de aluguéis entre a Fundação Renova e proprietários das casas onde os moradores da cidade e de Barra Longa foram levados aumentou a apreensão das famílias. O problema aconteceu em parte dos 400 contratos com os proprietários das casas. A Fundação Renova, criada pelas empresas Samarco, Vale e BHP Billiton, admitiu o problema e afirmou que até o fim desta semana a situação será regularizada. 

Os atrasos começaram no fim do ano passado quando venceram os contratos com os proprietários dos imóveis. Quando houve o rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015, que deixou 19 pessoas mortas e provocou a pior tragédia ambiental do país, foi fixado um acordo de um ano de aluguéis para as famílias. Mas, eles terminaram no fim do ano passado. 

Desde então, parte dos 400 contratos ficaram atrasados. “Realmente tivemos um desafio nos últimos dias com parte dos 400 contratos de aluguéis de desabrigados que foram levados para esses locais. Neste processo da Fundação Renova assumir as ações da Samarco, tivemos alguns atrasos. Pedimos desculpa e lamentamos muito que tenha acontecido”, explicou o gerente executivo dos programas socioeconômicos da Fundação Renova, José Luiz Santiago. 

A Fundação Renova começou a assumir ações de reparações da Samarco em agosto do ano passado. Os contratos com aluguéis começaram a vencer em novembro. “Os contratos já estão sendo regularizados. Vamos tentar ainda nesta semana regularizar 100 % dos contratos. Posso falar que 85% já está em dia”, afirmou Santiago. 

Com a renovação, os contratos foram estendidos para até o final de 2018. “Nosso compromisso é que os processo de reassentamento e entrega das casas definitivas ocorram até março de 2019”, disse o gerente executivo. Segundo ele, nenhuma família deixou as casas devido ao atraso de pagamento. O medo dos moradores teria sido provocado pela ação dos proprietários. “Os contratos são entre a Fundação Renova e os proprietários. Eles tinham que nos contatar, mas eles foram diretamente aos moradores. Nós entendemos a natureza, mas colocou os inquilinos em uma situação de mais estresse”, completou Santiago.


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