Saúde Ministro da Cultura defende aborto de fetos com microcefalia No dia nacional para erradicação do mosquito transmissor da doença, 220 mil homens do Exército ocupam as ruas de 353 cidades em campanha de conscientização da população

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 14/02/2016 07:58 Atualizado em: 14/02/2016 13:13

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, deu a declaração em Rio Branco, no Acre. Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, deu a declaração em Rio Branco, no Acre. Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

As Forças Armadas comandaram nesse sábado a guerra contra o mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya. No Dia Nacional de Mobilização para o Combate ao Aedes aegypti, também chamado de Zika Zero, 220 mil militares tentam reverter a batalha que vem sendo perdida pelo governo federal e se uniram ontem a agentes de saúde federais, estaduais e municipais na conscientização da população sobre os riscos e a necessidade de eliminação do vetor. O Brasil enfrenta hoje um dos maiores problemas de saúde pública de sua história recente ao não conseguir controlar a transmissão de doenças pelo inseto e a crescente confirmação de casos de microcefalia causada pelo zika.

A presidente Dilma Rousseff foi para a rua e visitou a Zona Oeste do Rio de Janeiro, sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016. Ministros também foram recrutados para acompanhar os trabalhos em outros estados e no Distrito Federal. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, esteve com o governador em exercício de Brasília, Renato Santana, em Brazlândia. O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, visitou as cidades de São Paulo e Campinas, enquanto o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, anunciou em Belo Horizonte (MG) que não faltarão recursos para as ações de saúde.

Em Rio Branco (AC), o ministro da Cultura, Juca Ferreira, abriu uma discussão que o Palácio do Planalto tenta evitar: ele defendeu a opção de aborto de fetos com microcefalia. O Exército, a Marinha e a Aeronáutica acompanharam agentes de saúde em visita a residências eliminando focos do mosquito em águas paradas em calhas, pneus, entulhos e vasos de planta — espaços onde as larvas são depositadas e por onde proliferam o Aedes aegypti. No Distrito Federal e em cinco cidades do Entorno, cerca de 18 mil militares foram recrutados para a operação.

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