Entrega de reféns do Hamas e libertação de presos palestinos marcam dia histórico no Oriente Médio
Cumprindo o início do cessar-fogo, após mais de dois anos de guerra, Hamas entregou reféns e presos deixaram unidades penitenciárias mantidas por Israel
Publicado: 13/10/2025 às 10:34

O plano de paz entre Israel e Hamas foi apresentado no fim de setembro pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e negociado com a mediação de Egito, Catar e Turquia (Foto: ZAIN JAAFAR / AFP | ISRAELI ARMY / AFP)
O dia 13 de outubro de 2025 vai ficar marcado para a história das relações internacionais e no processo de paz no Oriente Médio.
Após mais de dois anos de guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, os primeiros tratados do acordo de cessar-fogo, intermediado pelos Estados Unidos (EUA), começaram a ser cumpridos.
No início da manhã, no Brasil, os reféns israelenses mantidos pelo Hamas foram libertos e seguiram para hospitais de Israel.
Um vídeo divulgado pelas Forças de Defesa de Israel exibiu o momento em que o refém Omri Miran se reencontrou com a família.
Miran foi sequestrado no dia 7 de outubro de 2023 pelos terroristas do Hamas no kibutz Nahal Oz, onde vivia com a esposa Lichay Miran-Lavi e duas filhas pequenas, que não foram sequestradas.
Ele chegou a aparecer em dois vídeos divulgados pelo Hamas em 2024 e 2025. No primeiro, ele apareceu para falar sob coação e descreveu uma "situação difícil" pelos "muitos bombardeios" israelenses em Gaza.
Depois, voltou a aparecer em outro vídeo divulgado pelo Hamas em 23 de abril de 2025.
Horas depois, prisioneiros palestinos que estavam em unidades prisionais de Israel começaram a ser libertos.
Ônibus deixaram a penitenciária israelense de Ofer, na Cisjordânia ocupada, como parte da troca prevista após a libertação por parte do Hamas dos últimos 20 reféns israelenses vivos que permaneciam em cativeiro em Gaza.
Em meio à trégua entre Israel e o Hamas, dezenas de prisioneiros palestinos libertados por Israel chegaram a Ramallah, sob uma celebração popular.
A fase inicial do acordo de cessar-fogo em Gaza inclui a libertação de 47 reféns israelenses, vivos e mortos, capturados em 7 de outubro de 2023, em troca de 250 prisioneiros e 1.700 palestinos de Gaza mantidos por Israel desde o início da guerra.
Discursos
Também no início da manhã, o presidente dos estados Unidos (EUA), Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se encontraram no Parlamento de Israel.
Donald Trump afirmou, em discurso, que o fim do conflito “não é apenas o fim de uma guerra, é o fim de uma era de terror e morte. O início de uma era de fé e esperança".
O presidente dos EUA expressou “gratidão para o homem de muita coragem que fez muito para tornar esse momento possível", se referindo ao líder israelense, Benjamin Netanyahu.
As pessoas que estavam no parlamento usavam chapéus com a frase "Trump, o Presidente da Paz", enquanto o presidente dos EUA se preparava para discursar.
Este é um dia histórico para o Oriente Médio e um triunfo incrível para Israel e para o mundo. (...) Os Estados Unidos se unem a vocês nesses dois votos eternos — nunca esquecer e nunca mais repetir. (...) Contra todas as probabilidades, fizemos o impossível e trouxemos nossos reféns de volta para casa”, declarou Trump.
Netanyahu agradeceu a Trump, pelo processo de assinatura de um acordo de cessar-fogo, e disse: "estou comprometido com esta paz".
O premier também relembrou como se desencadeou a guerra contra o grupo terrorista Hamas e falou sobre os soldados perdidos nos conflitos do país.
“Estado de Israel se curva em eterna gratidão aos heróis que caíram. Por causa desses heróis, nossa nação vai sobreviver. Por causa desses heróis, nossa nação vai prosperar”, afirmou o primeiro-ministro.
Acordo
O plano de paz entre Israel e Hamas foi apresentado no fim de setembro pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e negociado com a mediação de Egito, Catar e Turquia.
*Com informações da AFP

