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China defende importações de petróleo da Rússia

Segundo dados oficiais, as importações chinesas da Rússia em julho foram de 10,06 bilhões de dólares em julho

Isabel Alvarez

Publicado: 08/08/2025 às 13:36

Presidente chinês, Xi Jiping/Crédito: AFP

Presidente chinês, Xi Jiping (Crédito: AFP)

Após os Estados Unidos terem imposto novas sanções à Índia devido à compra de petróleo russo e do presidente norte-americano Donald Trump ter indicado que a China pode vir a enfrentar tarifas adicionais pela mesma razão, o governo chinês não sinaliza que cederá as pressões de Washington.

A Bloomberg avançou que fontes do Ministério das Relações Exteriores da China, afirmaram que o gigante asiático continuará a sua cooperação energética internacional de acordo com os interesses nacionais do país e não aceitará imposições externas.

Trump já declarou que essa sanção à China pode acontecer e, além disso, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse em entrevista ao canal Fox News que as tarifas sobre o petróleo russo podem estar em cima da mesa em algum momento.

No entanto, o conselheiro presidencial Peter Navarro alertou que mais tarifas contra a China também teriam um impacto negativo na economia norte-americana.

Segundo dados oficiais, as importações chinesas da Rússia em julho foram de 10,06 bilhões de dólares em julho, o mais alto desde março, apesar das importações acumuladas durante este ano se mantenham 7,7% abaixo do mesmo período em 2024.

Mas até agora a relação entre a Casa Branca e Pequim ainda se mantém estável, enquanto negociam uma possível extensão da trégua comercial, que está prestes a expirar. Trump já adiantou esta semana que está próximo de alcançar um acordo que alargaria este entendimento.

 

Por sua vez, de acordo com a televisão estatal chinesa CCTV, o líder chinês Xi Jinping conversou hoje com o presidente russo, Vladimir Putin, para que melhore as relações com Washington para solucionar a crise na Ucrânia. “A China gostaria que a Rússia e os Estados Unidos mantivessem contatos, melhorassem as relações e promovessem uma solução política para a crise na Ucrânia. Xi e Putin concordaram em fazer avançar conjuntamente as relações entre os dois países para um maior desenvolvimento”, noticiou a CCTV.

“Os líderes dos dois países apreciaram muito o elevado nível de confiança política e de cooperação estratégica entre a China e a Rússia. Em relação à Ucrânia, Xi afirmou que não existem soluções simples para questões complexas e que a China continuará a promover a paz e as negociações”, publicou a agência russa TASS.

Depois da reunião entre Putin e o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, na quarta-feira (6), dois dias antes de terminar o ultimato que Trump tinha dado a Rússia para suspender os ataques contra a Ucrânia sob pena de enfrentar duras sanções duras, o Kremlin anunciou que ficou acertado a realização de um encontro nos próximos dias entre os dois dirigentes mundiais, que deve acontecer nos Emirados Árabes.

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