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Em posse esvaziada de ex-presidentes, Matheus Souto Maior pede união no Sport

Conselho Deliberativo e antigos adversários eleitorais são citados pela nova gestão rubro-negra

Gabriel Farias

Publicado: 19/12/2025 às 18:12

Posse do novo presidente do Sport, Matheus Souto Maior./Foto: Rafael Vieira/DP Foto

Posse do novo presidente do Sport, Matheus Souto Maior. (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)

O Conselho Deliberativo do Sport realizou, nesta sexta-feira (19), a cerimônia de posse da nova Diretoria Executiva do clube, eleita na segunda-feira (15). Em solenidade realizada na Ilha do Retiro, Matheus Souto Maior assumiu oficialmente a presidência rubro-negra, tendo Kadico Pereira empossado como vice-presidente, dando início ao mandato-tampão que seguirá até o fim de 2026.

 

A cerimônia foi marcada por um tom político e institucional nos discursos, especialmente o do novo presidente, que adotou uma postura apaziguadora em meio ausência de ex-presidentes executivos do clube no evento. Nenhum ex-mandatário esteve presente na posse, apesar dos convites realizados.

Entre as figuras ligadas ao futebol que compareceram estiveram o ex-presidente do Conselho Deliberativo Pedro Leonardo Lacerda, que chegou a assumir o Executivo de forma provisória por pouco mais de um mês em 2020, ano em que o Sport teve cinco presidentes, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, e o ex-diretor de futebol Álvaro Figueira.

A mesa da cerimônia foi composta por Ademar Rigueira, presidente do Conselho Deliberativo do Sport, e César Caúla, vice-presidente do órgão, além dos dirigentes empossados. Ex-mandatários do clube foram lembrados durante os pronunciamentos, incluindo Yuri Romão, que deixou o cargo por meio de renúncia antecipada três dias antes das eleições gerais que elegeram Matheus Souto Maior.

Conselho como pilar da nova gestão

Em seu discurso, o novo presidente fez questão de destacar o papel do Conselho Deliberativo como aliado estratégico da gestão em um momento considerado delicado para o clube, que vive desafios esportivos e financeiros após o rebaixamento à Série B.

"Queria fazer um agradecimento especial já ao Conselho. Ontem nós tivemos uma reunião muito boa, com Ademar Rigueira e com César Caúla, e nós entendemos de forma muito clara que o Conselho é um defensor do estatuto e do clube, e com defensores nós precisamos estar todos juntos. Acreditamos que o Conselho vai ser uma ferramenta muito forte para nos apoiar nesse momento, um momento muito difícil, mas que exige muita união. Não há mais espaço no Sport para separatismos. Precisamos estar todos juntos."

O discurso reforçou a tentativa de pacificação política dentro do clube, após um processo eleitoral marcado por disputas intensas e um cenário institucional fragilizado.

Palanques desarmados após a eleição

Matheus Souto Maior também fez questão de citar publicamente seus adversários no pleito da última segunda-feira (15), Branquinho e Paulo Bivar, ressaltando o comportamento adotado por ambos durante e após o processo eleitoral. Segundo o presidente, o momento agora é de convergência de forças em prol do Sport.

"Queria também fazer uma menção, ainda para finalizar de vez esse processo eleitoral, a Branquinho e a Paulo (Bivar). Branquinho, pela sua grande habilidade de conduzir aquele processo de quando foi lhe colocado um peso muito grande, discussões com o Conselho, eleição direta, indireta, como é que seria o processo, e ele se portou de uma integridade absurda, demonstrando seu espírito rubro-negro, e ao próprio Paulo, com quem tive boas conversas e, inclusive, após a eleição, que já sinalizou uma ajuda para nós, uma conexão em São Paulo, caso a gente precise. Então eu entendo que nossos palanques estão todos desarmados. E não existe mais nós e eles. Agora somos todos Sport."

Desafios até o fim de 2026

Eleito em uma eleição suplementar, Matheus Souto Maior não inicia um novo ciclo completo, mas assume a missão de concluir o mandato deixado por Yuri Romão, válido até dezembro de 2026. Entre os principais desafios da gestão estão a reorganização administrativa, a reconstrução da relação com o torcedor, o equilíbrio financeiro e a definição de rumos no futebol, especialmente para a disputa da Série B.

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