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Há 10 anos, Grafite chegava de helicóptero para fazer história pelo Santa Cruz

O atacante foi recebido com festa no estádio coral, em uma apresentação que entrou para a memória da torcida

Paulo Mota

Publicado: 01/07/2025 às 13:00

Grafite, atacante do Santa Cruz/Antônio Melcop/SCFC

Grafite, atacante do Santa Cruz (Antônio Melcop/SCFC)


Há exatos 10 anos, milhares de tricolores paravam para testemunhar um dos momentos mais emblemáticos da história do Santa Cruz. Numa tarde ensolarada de 1º de julho de 2015, o atacante Grafite retornava ao clube que o revelou para o futebol nacional e o fazia em grande estilo: descendo de helicóptero no gramado do estádio José do Rêgo Maciel.

A recepção beirava o cinematográfico. Com os portões abertos ao público, o Arruda foi tomado por milhares de tricolores desde as primeiras horas da tarde. No palco, nomes consagrados da música regional e apaixonados pelo clube, como Nando Cordel, Maciel Melo e Canibal, aqueciam a torcida enquanto aguardavam o astro. Quando o helicóptero surgiu sobrevoando o estádio, o clima de festa se transformou em euforia.

O ídolo, então com 36 anos, surgiu de terno e gravata, cercado por seguranças, mas fez questão de se aproximar da torcida, subir no fosso e interagir com os fãs. Chutou bolas autografadas, dançou, acenou e agradeceu pelo carinho.

Em entrevista recente ao podcast Vozes da Vitória, do ex-zagueiro Danny Morais, Grafite relembrou os bastidores da apresentação. Segundo o atacante, a ideia do helicóptero partiu exclusivamente do então presidente Alírio Moraes, que o surpreendeu com a logística incomum poucas horas antes do evento.

"Eu liguei para o presidente e falei: 'Alô, presidente, qual vai ser a logística?' E ele disse: 'Vai lá para o Pina, meu filho... Que a gente vai de helicóptero'", contou, aos risos.

O retorno ao Arruda encerrava um longo período de 13 anos desde a última vez em que Grafite vestiu a camisa coral. E a volta foi em grande estilo também dentro de campo. Naquele mesmo ano, o Santa Cruz conquistaria o acesso à Série A com o vice-campeonato da Série B. Em 2016, levantaria a taça do Campeonato Pernambucano e, de forma histórica, da Copa do Nordeste, com Grafite sendo protagonista nas campanhas.

Mais do que gols e títulos, a volta de Grafite simbolizou a reconexão entre um ídolo e sua torcida. Dez anos depois, o pouso de helicóptero no Arruda permanece vivo na memória coral, não apenas como espetáculo, mas como o marco de um ciclo vitorioso que na época devolveu autoestima e protagonismo ao Santa Cruz.

 

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