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De contestados a protagonistas no acesso: Hélio dos Anjos transforma jogadores do Náutico

Na quinta passagem do treinador, atletas são recuperados e clube resgata identidade na caminhada ao acesso

Gabriel Farias

Publicado: 12/10/2025 às 11:17

Hélio dos Anjos, técnico do Náutico/Rafael Vieira/FPF

Hélio dos Anjos, técnico do Náutico (Rafael Vieira/FPF)

Com Hélio, o Náutico voltou a sorrir. O acesso à Série B, confirmado neste sábado (11), após vitória por 2 a 1 contra o Brusque, coroou não apenas a força da torcida nos Aflitos e o empenho do elenco alvirrubro na decisão diante do Brusque, mas também o trabalho de um velho conhecido: Hélio dos Anjos.

 

Em sua quinta passagem pelo clube, o treinador de 67 anos chegou em abril deste ano com a missão de devolver intensidade, organização e principalmente identidade a um time que ainda buscava um rumo.

Desde sua chegada, Hélio precisou lidar com um elenco já formado e limitações no mercado de transferências. Ao lado do filho e auxiliar, Guilherme dos Anjos, o técnico apostou em uma de suas maiores virtudes: a capacidade de mobilizar o grupo. Com discurso direto nas coletivas, treinos intensos e exigência máxima de entrega, conseguiu recuperar jogadores desacreditados e transformá-los em peças fundamentais na campanha do acesso.

Entre os nomes que simbolizam essa reconstrução estão os laterais Arnaldo e Igor Fernandes, ambos de 33 anos. Criticados no início da temporada, viraram pilares defensivos no sistema de Hélio. Com 22 partidas cada na Série C, foram exemplo de aplicação tática, marca registrada dos times comandados pelo treinador. O setor, que era apontado como calcanhar de Aquiles do Timbu nos últimos anos, se tornou um dos mais sólidos do time.

No meio-campo, Hélio encontrou equilíbrio e padrão de jogo. Igor Pereira, Marco Antônio e Wenderson se consolidaram como as principais opções entre os volantes, sustentando o estilo combativo e disciplinado do treinador. A posição chegou a contar Auremir e Sousa como concorrentes no início da temporada.

Na criação, Patrick Allan viveu sua melhor fase até sofrer uma lesão contra o Guarani. Antes do problema físico, havia participado diretamente de cinco gols na Série C, sendo peça-chave ofensiva do Timbu.

Na frente, Hélio também recuperou peças importantes. Hélio Borges, antes irregular, encerrou sua temporada mais artilheira, com cinco gols — o melhor desempenho de sua carreira. Outro que ganhou confiança foi Bruno Mezenga. O camisa 80, que enfrentava críticas e chegou a ser opção no banco, voltou a marcar na reta final da primeira fase e também no quadrangular, precisando pegar a vaga de Paulo Sérgio, que enfrentou o DM durante o ano do Timbu.

 

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