BNDES aprova R$ 1,78 bilhão em crédito para Pernambuco até setembro; alta foi de 54%
Aprovações de crédito do BNDES no período beneficiaram os setores da agropecuária, infraestrutura, comércio e serviços e indústria
Publicado: 14/11/2025 às 19:32
Até setembro deste ano, o BNDES alcançou R$ 1,78 bilhão em aprovações de crédito em Pernambuco, valor 54% maior que o aprovado no mesmo período de 2024 (R$ 1,16 bilhão) (Foto: Divulgação)
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ampliou as aprovações de crédito para Pernambuco nos nove primeiros meses do ano. Até setembro, a instituição alcançou R$ 1,78 bilhão, valor 54% maior que o aprovado no mesmo período de 2024 (R$ 1,16 bilhão). As aprovações beneficiaram todos os setores econômicos do estado e registraram crescimento em relação ao ano passado, com destaque para a indústria e as Micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).
Durante o período, os maiores montantes foram para os setores de comércio e serviços (R$ 804,9 milhões) e indústria (R$ 499,5 milhões). Já para a agropecuária foram destinados R$ 113,6 milhões e R$ 366,1 milhões foram para a infraestrutura.
Crescimento
Em comparação ao mesmo período de 2024, todos os setores tiveram crescimento nas aprovações de crédito, principalmente a indústria, que registrou alta aumento de 197,9%. Já as aprovações para agropecuária aumentaram 34,7%, a infraestrutura teve alta de 11,9% e comércio e serviços, 39%.
Outro destaque no balanço foi para as Micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), que responderam por R$ 743,9 milhões do total de financiamentos aprovados. O valor corresponde a 41,7% do total, com alta de 47,4% em relação a 2024.
De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o crescimento das aprovações de crédito da instituição financeira é um reflexo do compromisso do governo do presidente Lula com o desenvolvimento em todas as regiões do país. “São recursos que viabilizam investimentos, geram emprego e renda e promovem melhorias na qualidade de vida. Em Pernambuco, por exemplo, aprovamos R$ 32,2 milhões para a compra de ônibus mais modernos e menos poluentes para uso no transporte coletivo do Grande Recife. Quando o BNDES investe nos estados, o Brasil inteiro avança", afirma.
Números no Nordeste
No Nordeste, as aprovações de recursos para os estados nos nove primeiros meses do ano somaram R$ 11,1 bilhões. Na região, o maior destaque foram as aprovações para o segmento de MPMEs, que somaram R$ 4,41 bilhões. A agropecuária respondeu por R$ 2 bilhões; comércio e serviços, por R$ 2,62 bilhões (aumento de 31,5% sobre 2024); indústria, por R$ 2,55 bilhões (aumento de 68,9% sobre 2024); e infraestrutura, por R$ 3,93 bilhões.
Operações no Brasil
No Brasil, o período também foi de destaque para o aumento no apoio às MPMEs, totalizando R$ 155,1 bilhões (R$ 91,3 bilhões em garantias e R$ 63,7 bilhões em crédito), alta de 68% sobre 2024 e de 223% sobre 2022.
Segundo o BNDES, o crescimento das aprovações e de operações garantidas, de 237% em 2025, impulsionou a economia em R$ 230,5 bilhões.
Os desembolsos da instituição atingiram R$ 101,9 bilhões no período, registrando aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior. A indústria cresceu 50% no número de desembolsos (R$ 27,3 bilhões). Já na agropecuária e no setor de comércio e serviços, os desembolsos somaram respectivamente R$ 24,9 bilhões (+19%) e R$ 19,0 bilhões (+ 12%). Já no setor de infraestrutura, os desembolsos de R$ 30,6 bilhões ficaram estáveis em relação a 2024.
Novas operações de crédito
No país, as aprovações de novas operações de crédito se mantiveram estáveis, em relação a 2024, somando R$ 139,2 bilhões. O destaque foi para o setor de comércio e serviços, com R$ 27,4 bilhões (8%), seguido pela indústria, com R$ 38 bilhões (3%) e agropecuária, de R$ 35,9 bilhões (3%). Já os créditos à infraestrutura totalizaram R$ 38 bilhões (redução de 10% sobre 2024)
Até setembro, o BNDES registrou lucro recorrente de R$ 11,2 bilhões e crescimento de 14,2% sobre o mesmo período do ano passado. A carteira de crédito expandida alcançou saldo de R$ 616 bilhões em 30 de setembro (5,3% acima de dezembro de 2024), maior valor nos últimos nove anos.